Protesto pede resposta para sumiço de adolescente em Goiás; veja vídeo
Wanderson Chaves, de 17 anos, está desaparecido desde 25/10. Polícia Civil de Palmeiras de Goiás fez escavações em fazenda
atualizado
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Goiânia – Moradores de Palmeiras de Goiás, a cerca de 90 quilômetros de Goiânia, fizeram um protesto nesta sexta-feira (12/11) pedindo resposta das autoridades para o desaparecimento do adolescente Wanderson Chaves, de 17 anos.
Ele foi visto pela última vez entrando em uma caminhonete branca de um fazendeiro da região, na madrugada de 25/10. O veículo chegou a ser apreendido pela Polícia Civil, que também fez escavações em uma fazenda, após uma denúncia anônima de que o corpo do adolescente estaria enterrado na propriedade.
Os manifestantes, na maior parte mulheres, saíram pelas principais ruas de Palmeiras de Goiás com faixas e cartazes pedindo uma solução para o caso. O protesto seguiu até a porta do fórum da cidade. (veja o vídeo)
“Hoje foi o Wanderson, amanhã pode ser o filho de vocês! Acorda Palmeiras!”, gritaram os manifestantes durante a caminhada.
A mãe do adolescente desaparecido, Rozimar Chaves, de 41 anos, foi recebida no fórum por um representante do juiz. É o segundo protesto pedindo resposta para o caso. No primeiro, realizado em outubro, os manifestantes foram até a porta da delegacia.
Investigações
Rozi, como é conhecida, tem acompanhado de perto a investigação policial. Ela inclusive chegou a ir pessoalmente ver as escavações, que são feitas em uma área da zona rural entre Cezarina e Maripotaba, cidades vizinhas de Palmeiras de Goiás.
“Cada tirada de terra era uma facada, uma angústia, muito difícil de acompanhar, mas eu aguentei”, contou a mãe para o Metrópoles na última semana.
A Polícia Civil informou na semana passada que o delegado responsável pelo caso, Matheus Abud, só vai falar sobre a investigação em momento oportuno, para garantir o sigilo do inquérito, que é considerado complexo.
Os policiais continuam a fazer escavações com o auxílio de uma escavadeira nesta semana, segundo a mãe. O Metrópoles entrou em contato com a Polícia Civil nesta segunda-feira (15/11) e aguarda o retorno.
Encontro antes do sumiço
Testemunhas relatam que na noite de 24/10, pouco antes do sumiço, Wanderson foi até um bar de Palmeiras de Goiás, depois de sair do trabalho em um pesque-pague, onde trabalha com a mãe.
O adolescente teria ficado na companhia de um amigo até o momento em que o bar começou a ser fechado. O motorista da caminhonete branca chegou ao local exibindo um revólver, segundo testemunhas.
Esse motorista, que é um fazendeiro, teria tido um desentendimento no balcão com Wanderson, ao ponto de apontar a arma para o rosto do adolescente. No entanto, os dois teriam voltado a se entender e ficaram conversando.
O adolescente e o motorista da caminhonete também teriam conversado na porta do bar, onde teria ocorrido outro momento de desentendimento, em que o fazendeiro chegou a atirar para o alto.
Passeio com tiros
Durante a madrugada, o adolescente e o amigo teriam entrado na caminhonete, dirigida pelo fazendeiro, que deu voltas em alta velocidade pelo município. O motorista teria dado vários tiros para cima durante o percurso.
Câmeras de monitoramento flagraram os dois amigos entrando na caminhonete e o veículo andando nas ruas da cidade. Ainda durante a madrugada, o amigo de Wanderson teria desembarcado perto de casa, deixando o adolescente e o fazendeiro sozinhos na caminhonete, que seguiu viagem. Outros tiros foram ouvidos por testemunhas no resto da madrugada.
