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Protesto em frente ao Carrefour em Porto Alegre é dispersado pela PM

A manifestação que aconteceu nesta segunda feira começou pacífica, porém no fim da tarde a situação ficou tensa

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1 de 1 Joao_Alberto_Carrefour_Porto_Alegre - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Manifestantes contra o racismo se reuniram, nesta segunda-feira (23/11), em frente ao Carrefour da Avenida Bento Gonçalves, no bairro Partenon, em Porto Alegre para homenagear João Alberto Freitas, um homem negro, morto na última quinta-feira (19/11), no estabelecimento.

De acordo com informações da GaúchaZH, a manifestação começou pacífica, porém no fim da tarde a situação ficou preocupante. Um grupo passou a atirar rojões contra o estacionamento da loja e derrubou uma parte do gradil do Carrefour. Em reposta, o Batalhão de Choque, que estava posicionado no local, passou a avançar contra os manifestantes e atirar bombas de efeito moral.

Pneus foram queimados e uma fogueira feita no leito da Avenida Bento Gonçalves. O avanço da BM dispersou o ato, que começou com a participação de vários grupos antirracistas, que passaram a circular pelas vias do bairro Intercap.  De acordo com as informações, duas pessoas tiveram ferimentos leves.

A dispersão dos manifestantes foi iniciada pela Brigada Militar, por volta das 20h. O comandante do policiamento da Capital, tenente-coronel Rogério Stumpf,  afirmou que a medida ocorreu pois a manifestação deixou de ser pacífica. “Decidimos agir para pois os manifestantes começaram a quebrar as grades, paradas de ônibus e colocar fogo em pneus. A partir do momento que houve a perturbação da ordem, foi necessário agir”, disse.

A manifestação

Faixas e cartazes com pedidos de justiça tomaram conta da manifestação, no período da tarde. Rudimar Nunes, de 24 anos, disse que decidiu participar do protesto em memória a vários negros que morreram de forma injusta.

“A gente sabe que tem leis. Mas, todos os dias, pretos e pretas morrem. Eu vim de Gravataí pra cá. Não é vitimismo. Estamos morrendo todos os dias. Brancos não morrem por serem brancos”, ressaltou o estudante de serviço social ao GaúchaZH.

Já Natália Machado dos Santos, de 24 anos, disse que pensar na família a motivou a participar do ato: “Por ser negra, ser mãe de um menino negro, eu decidi vir. Aquelas imagens me fizeram mal. Isso me chocou. Foi racismo. E ele está no nosso dia a dia”.

O Carrefour

O mercado encerrou as atividades na unidade do bairro Partenon às 16h30. Os funcionários foram liberados e as lojas do complexo fecharam mais cedo. As atividades devem retomar nesta terça-feira (24/11) às 8h.

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Laudo médico aponta asfixia como "causa provável" da morte de João Alberto
Beto morreu após ação brutal de seguranças
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