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Protesto de bolsonaristas tumultua trânsito no Eixo Monumental

Manifestantes bolsonaristas defendem pautas antidemocráticas e pedem intervenção militar por não aceitaram vitória de Lula nas urnas

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protesto de bolsonaristas pró-intervenção militar atrapalha trânsito do eixo monumental em brasília no feriado de 15 de novembro
1 de 1 protesto de bolsonaristas pró-intervenção militar atrapalha trânsito do eixo monumental em brasília no feriado de 15 de novembro - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Milhares de pessoas de várias partes do Brasil reuniram-se, nesta terça-feira (15/11), no Quartel-General do Exército, em Brasília, para reivindicar pautas antidemocráticas contra o resultado das eleições presidenciais. O grande fluxo de pessoas e automóveis causou um grande congestionamento que atrapalhou o trânsito até no Eixo Monumental, que fica mais de 1 km distante do QG, e perdurou até o fim da tarde.

Muitos carros e ônibus estavam estacionados de forma irregular, em cima dos canteiros e calçadas e na própria via. As manifestações marcadas para o feriado foram dispersadas em Brasília depois que fortes chuvas caíram sob a capital por volta das 12h.

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Carros parados no Eixo Monumental, próximo do QG
Manifestação de apoiadores de Bolsonaro pede intervenção militar
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Manifestação de apoiadores de Bolsonaro pede intervenção militar

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Sem mencionar o nome do presidente da República, os manifestantes atacaram, com gritos de guerra, o Supremo Tribunal Federal (STF), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Lula. No meio do acampamento, havia pelo menos três tendas onde ocorriam cultos religiosos, com oração, pregação e música.

Churrasco

Antes da chuva, os manifestantes faziam churrasco em vários pontos. Também havia banheiros químicos e caixinhas de doação para manter o acampamento. Na altura da avenida em frente à sede do QG, um grupo gritava constantemente “Forças Armadas salvem o país” e seguravam plaquinhas escritas “BrazilWasStolen”, que é “O Brasil foi roubado” em inglês.

Após o temporal, os manifestantes se abrigaram debaixo de tendas. Isso acabou dividindo o protesto, que foi rapidamente se dispersando, conforme a intensidade da chuva foi aumentando.

Pequenos grupos de manifestantes mantiveram algum tipo de protesto debaixo das tendas, com gritos de palavras de ordem e cantando hinos nacionais. Muitos manifestantes falavam entre si sobre teorias sem provas de que as urnas teriam sido fraudadas e de que seria possível uma intervenção militar.

Como a quantidade de pessoas na manifestação era grande, houve muita instabilidade no sinal de internet. Alguns manifestantes defendiam erroneamente que isso seria por conta de supostos bloqueadores de celular colocados pelas autoridades para atrapalhar o protesto.

Houve muito congestionamento na região durante a manhã e início da tarde. Caravanas com ônibus de diversas regiões do Brasil estavam estacionadas na beira das avenidas.

Divergência

Durante a manhã, houve divergência entre o Exército e a Polícia Militar do DF sobre a liberação da entrada de motociclistas na Avenida do Exército, que dá acesso ao QG.

Havia um grupo de motociclistas que ameaçava furar o bloqueio. Eles negociaram com representantes do Exército, que aceitaram retirar a interdição. Os manifestantes comemoraram a decisão.

No entanto, um representante da PMDF chegou em seguida e disse, em voz alta, para não liberar. Houve uma discussão entre um representante do Exército e outro da PM.

A PMDF avaliou que seria perigoso deixar motociclistas na via, pois havia muitas pessoas a pé. O Exército, então, propôs liberar duas faixas, mas optou por montar um estacionamento delimitado com cones em um trecho da avenida. Isso permitiu o fluxo da Avenida N1, até então bloqueada pelos motociclistas. Os manifestantes que estavam no momento vaiaram a PMDF.

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