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Garota de programa mata coronel e se passa pela vítima por 4 meses no RN

De acordo com Polícia Civil do Rio Grande do Norte (PC-RN), a prostituta enviava mensagens e imagens para parentes e amigos da vítima

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À esquerda, Jerusa, prostituta acusada de matar o ex-coronel da FAB Roberto Perdiza
1 de 1 À esquerda, Jerusa, prostituta acusada de matar o ex-coronel da FAB Roberto Perdiza - Foto: Reprodução/Fantástico

Uma prostituta é suspeita de assassinar o coronel aposentado Roberto Antônio Perdiza, da Força Aérea Brasileira (FAB). Durante quatro meses, a garota de programa teria assumido a identidade da vítima, ao se passar por ela em mensagens enviadas a parentes e amigos da vítima, como forma de acobertar o crime. O caso aconteceu em agosto do ano passado, em Natal (RN), e foi investigado pela Polícia Civil do Rio Grande do Norte (PC-RN). As informações foram exibidas no Fantástico, da Rede Globo, neste domingo (26/3).

Ela teria contratado um matador de aluguel, identificado pela PC como José Rodrigues. O assassino teria se passado por motorista de aluguel, em um plano elaborado com Jerusa, e pego o casal na saída de um motel, no dia 30/8 do ano passado. O corpo foi encontrado três meses depois, em um terreno localizado fora de Natal. Jerusa e José foram presos, acusados de latrocínio (roubo seguido de morte), pois a polícia afirma que a morte ocorreu para que a garota de programa vendesse o apartamento de Perdiza e ficasse com o dinheiro.

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Jeruza, prostituta suspeita de assassinar o coronel
Jeruza e Roberto Antônio Perdiza
Jeruza teria usado cartões do militar morto
Jeruza chega ao apartamento do coronel aposentado
A suspeita usa um cartão de moradores para entrar no prédio
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Uma das últimas imagens do coronel aposentado Roberto Antônio Perdiza

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Jeruza, prostituta suspeita de assassinar o coronel

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Jeruza e Roberto Antônio Perdiza

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Jeruza teria usado cartões do militar morto

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Jeruza chega ao apartamento do coronel aposentado

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A suspeita usa um cartão de moradores para entrar no prédio

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Como ocorreu

As últimas imagens de Perdiza mostram o coronel deixando seu apartamento, situado no Bairro Ponta Negra, área nobre da capital do Rio Grande do Norte, em agosto último, para se encontrar Jerusa. Após uma semana, o porteiro do edifício estranhou a ausência do morador, de quem era próximo, e telefonou para seus parentes, que vivem em São Paulo. No dia 7/9 do ano passado, os familiares do militar aposentado afirmaram que estavam recebendo imagens e mensagens dele, inclusive com fotos suas na piscina do condomínio.

Milton Moreira, um advogado e amigo de Perdiza, também estranhou a ausência dele e telefonou. Quem atendeu a ligação, porém, foi Jerusa. “Liguei após três dias tentando. Sabia que uma namorada estava morando com ele”, disse o colega do militar aposentado. Ela afirmou que o ex-coronel ligaria para ele em breve. “Como ela não tinha família em Natal, ele ofereceu o apartamento como moradia”, completa Milton, que abriu um Boletim de Ocorrência.

À polícia Jerusa negou morar com Perdiza e disse que também estava começando a ficar preocupada, a despeito de afirmar conversar com ele por videochamada. Enquanto isso, os parentes continuavam recebendo mensagens e fotos enviadas do celular da vítima. Os agentes da PC notaram que a garota de programa estava retirando dinheiro da conta do companheiro e que, também, tentava vender o imóvel do coronel.

Áudio

Conforme a investigação, a prostituta chegou a enviar um áudio do celular do coronel para Milton, que posteriormente percebeu que se tratava de um recorte de uma outra gravação enviada pelo amigo, meses antes. Em seguida, Jerusa mudou a postura, segundo a Polícia Civil. A garota de programa, sob a identidade do ex-coronel, passou a enviar mensagens como “me deixem em paz” e “estou no Rio de Janeiro“. Ao delegado do caso ela afirmou que falou com Roberto por videochamada, quando ele teria confirmado a estadia em terras fluminenses.

Pouco depois, um corpo foi identificado sem a cabeça e sem as mãos num terreno em Macaíba, cidade vizinha a Natal. A perícia confirmou que se tratava dos restos de Perdiza. Após análise das imagens do prédio, constatou-se que, quando deixou sua casa no dia 30/8, ele foi encontrar Jerusa num bar próximo. De lá, a polícia aponta que eles seguiram para um motel e, na volta, o assassino de aluguel contratado pela garota de programa se passou por motorista de aplicativo e matou o aposentado.

Os restos mortais de Perdiza foram levados ao interior de São Paulo por um avião da FAB. Ao Fantástico a defesa de Jerusa e de José Rodrigues negaram todas as acusações.

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