Propina de R$ 6 milhões: desembargador é afastado por mais um ano do TJ
O STJ estendeu o afastamento de Mário Guimarães Neto por corrupção no TJ do Rio; ele é acusado de beneficiar empresários de ônibus
atualizado
Compartilhar notícia
Rio de Janeiro – A ministra Maria Isabel Gallotti, do Superior Tribunal de Justiça, determinou o afastamento do desembargador Mário Guimarães Neto, acusado de corrupção, por mais um ano do Tribunal de Justiça do Rio. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o magistrado teria recebido R$ 6 milhões para beneficiar empresários de ônibus em sentenças judiciais.
Na decisão, publicada nesta quinta-feira (12/8), a ministra sustenta que “os elementos probatórios são bastantes sólidos (…), indicativos da prática de graves crimes de corrupção ativa e passiva qualificados, evasão de divisas e lavagem de dinheiro de grande volume de ativos, incompatíveis com os rendimentos do Magistrado e de sua esposa Glaucia Iorio de Araújo Guimarães”, diz um dos trechos.
Neto e a mulher são acusados de enviarem ilegalmente 2,1 milhões de dólares para fora do país, o equivalente mais de R$ 11 milhões.
O desembargador está afastado do cargo desde agosto do ano passado. Segundo denúncia do MPF, com base em delação premiada de Lélis Teixeira, ex-presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), Neto teria dado decisões favoráveis aos empresários de ônibus em mais de 40 processos. A defesa do desembargador nega as acusações.