Projeto de lei pede para dar o nome de Henry Borel a uma escola no Rio
Proposta é do vereador Marcio Ribeiro (Avante) e deve ser aprovada pela Câmara Municipal do Rio
atualizado
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Rio de Janeiro – O vereador Márcio Ribeiro (Avante) deu entrada no projeto de lei nº 191/2021, que sugere a criação de uma escola no município do Rio de Janeiro com o nome de Henry Borel. O menino, de 4 anos, morreu no dia 8 de março ao dar entrada já sem vida em um hospital da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Mãe e padrasto são acusados de envolvimento na morte da criança. Eles estão presos desde o último dia 8.
Para o vereador do Rio, a iniciativa não ameniza a dor da perda, mas será uma forma de conscientizar as pessoas sobre a importância de prevenir e denunciar possíveis casos de agressão contra a população infanto-juvenil:
“Um estudo do Programa de Atenção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Violência (FIA/RJ) verificou que em 58% de violência dos casos são crianças na faixa etária de até 6 anos. A homenagem ao menino é uma forma de sensibilizar e conscientizar a sociedade quanto à importância de denunciar os casos no Brasil”, disse Marcio Ribeiro.
Ainda segundo o parlamentar, a escolha de prestar essa homenagem dando o nome de Henry a uma escola se deu pelo fato de ser o local mais apropriado para a construção do futuro das crianças, além de ser o lugar em que todas deveriam estar.
Em entrevista exclusiva ao Metrópoles, o engenheiro Leniel Borel de Almeida Júnior, pai do menino, chamou o vereador e médico Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido), de “psicopata” e “assassino”.
Entenda o caso Henry
O menino Henry Borel Medeiros morreu no dia 8 de março ao dar entrada em um hospital da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Segundo Leniel Borel de Almeida Júnior, ele e o filho passaram o fim de semana anterior normal. Por volta das 19h do dia 7, o pai o levou de volta para casa, onde morava com a mãe, Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida, e com o vereador e médico Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido).
Ainda segundo o pai de Henry, por volta das 4h30 do dia 8, ele recebeu uma ligação de Monique falando que estava levando o filho para o hospital, porque o menino apresentava dificuldades para respirar.
Leniel afirma que viu os médicos tentando reanimar o pequeno Henry, sem sucesso. O menino morreu às 5h42, segundo registro policial registrado pelo pai da criança.
De acordo com o laudo de exame de necropsia, a causa da morte do menino foi hemorragia interna e laceração hepática, provocada por ação contundente. Para especialistas, ação contundente seria agressão.