Projeção de vacinas da Covid entregues em junho sofre terceira redução
De acordo com documento publicado no site do Ministério da Saúde, país deve receber 37,9 milhões de doses neste mês
atualizado
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O governo federal reduziu, pela terceira vez, a quantidade de vacinas contra a Covid-19 previstas para o mês de junho. De acordo com documento publicado no site do Ministério da Saúde na noite de quarta-feira (9/6), o país deve receber 37,9 milhões de doses neste mês.
A previsão anterior, publicada no dia 2 de junho, era de 39,8 milhões. A nova alteração se deve à redução de vacinas da AstraZeneca entregues pelo consórcio internacional Covax Facility. Ao Metrópoles, o secretário-executivo da pasta, Rodrigo Cruz, explicou que o país esperava 4 milhões de doses pelo consórcio até o fim do mês.
No entanto, a entrega foi dividida: 2 milhões chegam nos dias 28 e 29 de junho. A outra metade deve chegar nos primeiros dias de julho. Os imunizantes vêm da Espanha.
Com a alteração, a projeção de entregas para junho fica da seguinte maneira:
- 18 milhões de doses da AstraZeneca (entregues pela Fundação Oswaldo Cruz);
- 2,073 milhões de doses da AstraZeneca (entregues pelo Covax Facility);
- 5 milhões de doses da Coronavac (entregues pelo Instituto Butantan);
- 12 milhões de doses da Pfizer;
- 842,4 mil doses da Pfizer (entregues pelo Covax Facility).
Primeira alteração
A primeira projeção de doses para o mês de junho foi publicada no dia 26 de maio. O documento previa 43,8 milhões de doses para este mês. No entanto, segundo o secretário-executivo, a Fiocruz reduziu a estimativa de entregas. O quantitativo passou de 20,9 milhões para 18 milhões.
Segundo o Ministério, até o momento, foram distribuídas 105 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 aos estados e ao Distrito Federal. Atualmente, o Brasil aplica três imunizantes: Pfizer/BioNTech, Coronavac (produzida pelo Instituto Butantan) e AstraZeneca (produzida pela Fundação Oswaldo Cruz).
Além de receber vacinas dos três laboratórios, o Brasil compra imunizantes por meio do consórcio internacional Covax Facility, coordenado pela Organização Mundial da Saúde. Outro complemento ao Programa Nacional de Imunização (PNI) é a vacina da Janssen, que deve chegar ao país neste mês.
Apesar das previsões para o mês de junho, Queiroga afirmou, durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, no Senado Federal, que o Brasil deve enfrentar dificuldades no abastecimento de vacinas nos meses de julho e agosto.
“Nós vamos ter alguma dificuldade em julho e agosto, mas o Ministério da Saúde tem acerto com a AstraZeneca para fornecer IFA [ingrediente farmacêutico ativo] até que a Fiocruz possa produzir vacinas suficientes com IFA nacional”, explicou.