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Professores são presos após briga em evento com prefeito de Goiânia

Manifestantes subiram no capô de carro do chefe do Executivo por reclamarem de falta de reajuste. Vídeos registraram a confusão no local

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Manifestantes são presos após subirem em carro de prefeito de Goiânia durante protesto
1 de 1 Manifestantes são presos após subirem em carro de prefeito de Goiânia durante protesto - Foto: Reprodução

Goiânia – Dois professores foram presos, na manhã desta quinta-feira (31/3), durante manifestação em inauguração de Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei), na Vila Areião, na capital goiana.

Renato Regis e Hugo Rincon foram levados pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) depois de se envolverem em confusão na saída do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) do local.

Veja vídeo abaixo:

Durante o protesto, dezenas de professores manifestaram com cartazes nas mãos e gritaram palavras de ordem para exigir que o prefeito marque uma data de negociação de proposta de reajuste salarial. Eles teriam se exaltado depois de não serem atendidos por Rogério Cruz, que, em nota, rebateu e disse ter parado para conversar com uma professora.

A briga começou depois de a GCM tentar conter alguns manifestantes. Professores alegam que foram agredidos com socos. Dois deles chegaram a subir no capô do carro do prefeito e, segundo a nota, danificaram o veículo. O carro saiu logo em seguida. Um grupo de professores protestou por cerca de duas horas no local.

Nas redes

Depois da confusão, o prefeito se manifestou no Twitter. Ele disse que, na noite desta quinta-feira (31/3), vai apresentar proposta definitiva aos representantes de cerca de 30% dos profissionais que estão em greve para que haja o retorno integral das aulas aos mais de 100 mil alunos na capital.

“Tenho orgulho em dizer que a média de remuneração de um professor da rede municipal é superior a R$ 6 mil e vamos aumentar ainda mais, de forma a valorizar os trabalhadores, mas dentro das possibilidades fiscais do Município”, afirmou ele.

Rogério Cruz acrescentou que trabalha para chegar a um acordo que atenda aos pleitos dos profissionais da Educação na concessão do piso salarial e da data-base integral de 2020 e 2021.

“Desrespeito”

A Prefeitura de Goiânia informou, também em nota, que lamenta, profundamente, “as cenas de desrespeito e violência promovidas por alguns manifestantes”.

Na saída, o prefeito parou para conversar com uma professora, momento em que foi atingido pelos agressores, que, segundo a nota, atentaram contra a sua integridade física.

A prefeitura informou que a guarda civil só interveio para garantir a segurança do prefeito, “com uso progressivo da força”, e desobstruir a passagem do veículo.

Os dois professores detidos pela Guarda Civil Metropolitana foram levados à Central de Flagrantes para os devidos registros de ocorrência.

O Metrópoles não encontrou contato da defesa deles até o momento em que publicou este texto, mas o espaço segue aberto para manifestações.

Greve

Os servidores da educação de Goiânia entraram em greve no dia 15 de março. Eles pedem que todos professores, independente do salário atual, recebam aumento de 33,2%, mesmo aqueles que já ganham acima do novo piso, de R$ 3.845.

O sindicato também pede que seja dado aos servidores administrativos um aumento de 10,16%, referente à inflação de 2021, que corresponde à data-base.

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