Professores do Rio de Janeiro anunciam greve contra volta de aulas presenciais
Retorno às aulas está programado para fevereiro e março, mas categoria quer manter o trabalho remoto enquanto a pandemia continuar
atualizado
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Rio de Janeiro – Os professores do estado e do município do Rio de Janeiro anunciaram greve contra a volta das aulas presenciais, que estão programadas, respectivamente, para março e fevereiro.
O coordenador-geral do Sindicato Estadual dos Profissionais do Rio (Sepe), Alex Sandro da Silva Trentino, informou que pedirá reunião com o governador em exercício, Cláudio Castro (PSC), e o prefeito Eduardo Paes (DEM). As votações pela paralisação foram feitas em assembleias on-lines, para evitar encontros presenciais.
“Se eles não recuarem, vamos entrar em greve. O município marcou o retorno às aulas presenciais para 24 de fevereiro, e o estado para o dia 1º de março”, protesta Alex Sandro da Silva Trentino.
Os profissionais reivindicam a manutenção do trabalho remoto e defendem a inclusão da categoria entre os grupos prioritários da campanha de vacinação contra a Covid-19.
De acordo com a deliberação da assembleia, os profissionais da rede estadual que forem convocados para as atividades presenciais já agora em fevereiro não devem comparecer às suas unidades.
O departamento jurídico do Sepe prometeu ainda ir à Justiça contra a reabertura das escolas. “Tem uma 2ª onda de pico de contágio e mortes, a volta às aulas favorecerá ainda mais a circulação e a aglomeração de pessoas, propiciando o aumento do nível de contágio e de mortes. A rede municipal do Rio é a maior rede da América Latina”, justificou o órgão em nota divulgada pela entidade.