Professores de 100 escolas de Goiânia paralisam atividades em protesto
Categoria se reuniu em frente à prefeitura e reivindica por melhores condições de trabalho. Prefeito reagiu e anunciou concessão de auxílio
atualizado
Compartilhar notícia
Goiânia – Professores da rede municipal de educação de capital goiana paralisaram as atividades nesta terça-feira (15/2) para reivindicar melhorias das condições de trabalho. Centenas de profissionais se reuniram em frente ao Paço Municipal, prédio da prefeitura, com cartazes e faixas expressando as pautas reivindicadas pela categoria.
Liderados pelo Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed), os profissionais pedem pela garantia da data-base dos servidores administrativos, piso salarial dos professores, vale transporte e regência dos contratos, concurso público, segurança sanitária nas instituições e outras.
Uma lista de escolas que aderiram ao movimento e, por consequência, tiveram as atividades paralisadas por um dia foi divulgada nessa segunda-feira (14/2) pelo Simsed. Ao todo, conforme o sindicato, pelo menos 100 unidades de educação básica ficaram sem aula nesta quarta.
Veja a movimentação na frente da prefeitura:
A Secretaria Municipal de Educação (SME) não reconheceu o movimento como oficial e informou que as pautas serão discutidas com os sindicatos legalmente constituídos. Segundo o órgão, o debate será feito com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) e com o Sindicato dos Trabalhadores de Goiânia (SindiGoiânia).
Nessa segunda, circulou entre os trabalhadores a informação de que eles sofreriam represália e teriam os pontos cortados. Uma assembleia foi feita em frente ao Paço para decidir os próximos atos do movimento.
Reação
Já sabendo da manifestação, o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), anunciou nessa segunda-feira a concessão do auxílio locomoção e vale transporte para cerca de 5 mil servidores temporários da educação.
Um projeto de lei foi editado e enviado à Câmara Municipal de Goiânia nesta terça. Conforme o texto, serão contemplados os servidores que atuam nos cargos de Profissional da Educação II e os trabalhadores administrativos da Secretaria Municipal de Educação.
O novo projeto alterará o texto aprovado em 2007, que trata das regras estatutárias aplicadas aos temporários. Em relação às outras demandas da categoria, ainda não houve posicionamento oficial da prefeitura.