metropoles.com

Professores da UFMG decidem acabar com a greve após 51 dias

Aulas na UFMG voltarão na próxima segunda-feira (10/6). Há expectativa de retorno em outras universidades

atualizado

Compartilhar notícia

Divulgação/UFMG
UFMG
1 de 1 UFMG - Foto: Divulgação/UFMG

Professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) decidiram, nesta quarta-feira (5/6), em assembleia geral, pôr fim à greve, após 51 dias de paralisação. A informação foi confirmada pelo Metrópoles com a instituição.

Na assembleia anterior de professores da UFMG, realizada no dia 27 de maio, a categoria havia rejeitado a proposta de reajuste do governo federal e decidido pela continuidade da greve.

As aulas voltarão na próxima segunda (10/6). Segundo a universidade, 206 professores votaram pela volta às aulas, 179 pela manutenção da greve e 16 se abstiveram.

A decisão representa uma derrota para o presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), Gustavo Seferian, que é professor adjunto do departamento de Direito da UFMG. Seferian foi procurado pela reportagem e enviou a nota abaixo:

A decisão da assembleia, em votação muitíssimo apertada, resultou de diversos fatores: a diretoria do APUBH, sindicato de base, estava dividida quanto ao tema; ademais, se verificou uma movimentação de parcela do professorado ligada à direita que se mobilizou a participar do espaço, e que não esteve engajada em assembleias anteriores, e por fim, um apartamento histórico da luta sindical na UFMG ao movimento docente nacional. É impossível caracterizar que a greve docente na UFMG cessa como uma derrota: politicamente, no curso da greve, se encaminhou a realização de assembleia para deliberar o retorno do APUBH ao ANDES-Sindicato Nacional, e teremos uma paralisação e caravana dia 14 para acompanhar a reunião com o governo federal.

Além da UFMG

Há cerca de duas semanas, o governo Lula (PT) assinou um acordo com a Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes), sem a anuência do Andes.

O governo prevê reajuste em duas parcelas: 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026, além da reestruturação na progressão entre os diferentes níveis da carreira. O acordo terá impacto fiscal de R$ 6,2 bilhões em dois anos.

O Andes demandava um reajuste salarial em 3,69%, em agosto de 2024; 9%; em janeiro de 2025; e 5,16%, em maio de 2026. Por isso, o sindicato se recusou a assinar o Termo de Acordo com o governo.

Alegando falta de espaço orçamentário, o MGI afirma não ter mais margem para negociação. Em 2024, foi concedido para todos os servidores do Executivo federal um reajuste nos benefícios (auxílio-alimentação, per capita da saúde complementar e assistência pré-escolar).

O MGI tem dito que chegou no limite, mas permanece aberto para diálogo sobre pautas não-salariais com o magistério em outras instâncias, como em reunião da Mesa Setorial agendada para 14 de junho.

 

 

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?