Professores da rede municipal de São Paulo entram em greve nesta quarta
Os docentes queremer incluídos na lista prioritária de vacinação contra Covid-19. A volta das aulas na capital está marcada para 15/2
atualizado
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São Paulo – Os professores da rede municipal de São Paulo entrarão em greve a partir desta quarta-feira (10/2). A decisão foi tomada nesta terça-feira (9/2), em assembleia extraordinária virtual.
Os profissionais da educação querem ser incluídos na lista prioritária de vacinação contra Covid-19. As aulas presenciais na capital estão previstas para voltar na próxima segunda-feira (15/2).
O ato é organizado por cinco sindicatos: Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo (Aprofem); Sindicato dos Educadores da Infância (Sedin); Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep); Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal de São Paulo; e Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem).
Além de reivindicarem a vacina, os docentes apontam a falta de profissionais de limpeza nas escolas. Há casos de unidades que contam com apenas um funcionário para higienizar todos os espaços, segundo denunciam os sindicatos.
Para esta quarta, está prevista uma carreata às 11h, em frente à Secretaria Municipal de Educação. De quinta (11/2) a domingo (14/2), estão programadas reuniões virtuais para tratarem do avanço da greve.
De acordo com o presidente do Sindsep, Sérgio Antiqueira, a decisão pelo retorno das aulas neste momento se trata de uma decisão política, e não científica. Ele critica as gestões municipal de Bruno Covas e estadual de João Doria, ambos do PSDB.
“Já que tudo está aberto por que não abrir a educação? Nós vamos ter que pensar como a gente faz essa discussão entre nós e com os trabalhadores. Nós estamos tentando vencer o obscurantismo”, destaca.
Paralisação no estado
Nessa segunda-feira (8/2), professores da rede estadual aderiram a uma greve contra o retorno das aulas presenciais em meio à pandemia de Covid-19. Entretanto, a gestão Doria ignorou as demandas da classe e abriu mais de 5,1 mil escolas.
Até o início da noite desta terça, o estado de São Paulo registrou 55.087 mortes causadas pelo coronavírus e 1.864.977 casos confirmados da doença.