Professores da rede estadual de São Paulo anunciam greve
Sindicato aprovou greve a partir da próxima segunda-feira (8/2) em protesto contra volta às aulas durante a pandemia e sem vacinação
atualizado
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São Paulo – Nesta sexta-feira (5/2), os professores da rede estadual de ensino de São Paulo anunciaram que entrarão em greve a partir da próxima segunda-feira (8/2).
A decisão ocorreu após assembleia virtual da Apeoesp, sindicato que reúne professores e profissionais da educação da rede pública estadual. Na reunião, 91,7% dos presentes decidiram pela paralisação.
A categoria é contrária à volta às aulas presenciais sem a vacinação dos profissionais que atuam nas escolas públicas.
Segundo a Apeoesp, já há 147 casos de profissionais infectados por Covid-19 na rede de ensino estadual após terem participado de reuniões para planejamento das aulas.
Essa informação não é endossada pela Secretaria Estadual de Ensino, que afirmou, em resposta a questionamentos na Justiça, não haver nenhum caso de profissional doente desde que parte das escolas reabriu no ano passado.
Briga na Justiça
A decisão pela greve ocorre após batalha judicial em que a Apeoesp saiu derrotada. Apesar da segunda onda de infecções por Covid-19, a Justiça de São Paulo decidiu dar razão ao governo estadual, que estabeleceu a volta às aulas na rede estadual para o dia 8 de fevereiro. As aulas seriam para apenas 35% dos estudantes, com os profissionais trabalhando em revezamento para atender todos os matriculados.
Segundo o governo estadual, as escolas públicas têm todos os equipamentos de segurança para evitar o contágio pelo coronavírus. O governo também anunciou a criação de uma comissão médica da educação para orientar sobre a volta às aulas no estado.
Segundo o secretário de Educação Rossieli Soares, a decisão sobre interromper temporariamente as atividades de ensino em um determinado local e o momento para retorná-las será tomada junto à comissão, com o aval final do Centro de Contingência do Coronavírus. “Serão considerados o nível de transmissão local e a capacidade de resposta da área de saúde”, afirmou.