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Professora presa por “crime cometido” aos 10 anos é solta no RJ

A professora Samara Araújo acabou solta depois de que o equívoco da justiça da Paraíba foi comprovado

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Instituto Penal Oscar Stevenson, onde professora ficou presa
1 de 1 Instituto Penal Oscar Stevenson, onde professora ficou presa - Foto: Reprodução/Facebook

Presa na quinta-feira (23/11), por um crime de extorsão que aconteceu em 2010, quando ainda tinha 10 anos, a professora Samara de Araújo Lima Oliveira, de 23 anos, foi solta na manhã desta sexta-feira (1º/12), depois de oito dias no Instituto Penal Oscar Stevenson, localizado na Zona Norte do Rio. O pai da professora de matemática, Simario Araújo, afirmou que a filha foi vítima de um crime e, por erro de justiça, acabou na prisão.

“Ela é uma inocente que foi julgada e culpada por um crime que alguém roubou os documentos dela, cometeu um crime quando ela ainda era criança, e a Justiça fez um procedimento totalmente errado, então, certamente a gente vai expor isso, mas no momento certo”, disse Araújo.

O crime pelo o qual Samara foi presa ocorreu há 13 anos em São Francisco, cidade no interior da Paraíba, contra um funcionário de um mercado local que funcionava como representante da Caixa Econômica Federal. O homem foi obrigado, depois de ser ameaçado de morte através de uma ligação, a fazer oito transferências, de R$1 mil cada, para sete contas diferentes.

Família da professora se mobilizou

Entre os donos das contas existe uma Samara de Araújo Lima Oliveira, também do Rio de Janeiro, como a professora. Entretanto, a informação de que a jovem era apenas uma criança na data do crime, sendo inimputável perante a lei, não foi percebida pelo Ministério Público e a Justiça da Paraíba.

Depois da prisão no último dia 23, a família de Samara se mobilizou para demonstrar o erro à Justiça paraibana. Apenas na última quarta-feira (29/11), através de um advogado, o equívoco da justiça da Paraíba foi comprovado.

“Verifico que merece prosperar a argumentação quanto à ocorrência de equívoco na exordial acusatória, na qual consta apenas a identificação por CPF, sem qualquer menção à data de nascimento da acusada”, diz o o alvará de soltura soltura, assinado pelo juiz substituto Rosio Lima de Melo, da 6ª Vara Mista da cidade de Sousa.

De acordo com o pai da professora, antes da prisão a jovem estava empolgada com as aulas de pós-graduação e com o filho, de dois anos, que tinha começado a falar. “Fui surpreendido com uma ligação inesperada da minha ex-mulher avisando que a minha filha tinha sido presa dentro da escolinha em que dava aula. Ela não cometeu crime algum”, disse Simario.

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