Professor chama aluna de 12 anos de “amorzinho” e pede foto
“Você quer ouvir besteirinhas, quer? Então me manda fotos, gostosa”, diz o docente à garota através do WhatsApp
atualizado
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Um professor de matemática de 52 foi anos denunciado por assédio, nesta terça-feira (09/10/2019), após trocar mensagens com conteúdo sexual com uma aluna de 12 anos. Em áudio divulgado pelo G1, ele chegou a falar para a menina ser discreta e que queria vê-la pessoalmente.
“Eu tenho maior vontade, a gente precisa ter cuidado. Não pode vazar essas informações de jeito nenhum. Mas me manda foto, por favor, e eu quero ver pessoalmente, sim, estou louquinho. Beijos”.
O docente será afastado do cargo e a Diretoria Regional de Ensino de Catanduva (SP) informou que serão “aplicadas penalidades pertinentes se as denúncias forem comprovadas”.
Em um dos áudios enviados para a menina, ele expõe o medo de ser preso: “Eu sei, meu amorzinho. Mas a gente tem que disfarçar um pouquinho, senão vai dar muita bandeira. Você quer me ver preso, é isso?”.
Em outra mensagem, o professor é mais incisivo: “Você quer ouvir besteirinhas, quer? Então me manda fotos, gostosa”.
Entenda
A mãe da adolescente procurou a Polícia Civil de Ariranha, na microrregião de Catanduva, para registrar um boletim de ocorrência por assédio após encontrar no celular da filha mensagens com conteúdo sexual enviadas pelo professor, que dá aulas de matemática na mesma escola em que a menina estuda.
A mãe da menor de idade explicou que pegou o celular da filha e começou a mexer na conversa mantida com o docente. Após constatar que o conteúdo da conversa era impróprio, ela foi na delegacia para fazer a denúncia.
“Fiquei com muito ódio. Me senti frustrada. Demorei para conseguir me acalmar. Hoje que estou um pouco mais tranquila e consegui comer e dormir, mas está sendo difícil”, afirma a dona de casa, que preferiu não ter a identidade revelada.
Inquérito policial
De acordo com o boletim de ocorrência, a menina estuda no 7º ano da Escola Estadual Gabriel Hernandes. Através de mensagens enviadas pelo WhatsApp, o professor “a assedia, instiga e constrange, com o fim de com ela praticar ato libidinoso”.
Em nota, a Diretoria Regional de Ensino de Catanduva esclarece que apesar do fato ter ocorrido fora do ambiente escolar, já tomou todas as providências necessárias.
Uma apuração preliminar foi aberta e, se comprovada, serão aplicadas as penalidades pertinentes. A administração regional está à disposição dos pais e responsáveis pelos alunos e colabora com a polícia.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Gilberto César Costa, um inquérito policial foi aberto e as investigações estão sendo feitas. “Ainda é muito cedo para concluirmos algo a respeito deste caso. Podem existir outros crimes. Então, tudo será objeto de investigação. Ainda não podemos formar um juízo acerca deste episódio e descobrir o que de fato aconteceu”, afirma Costa.