Produção industrial fecha 2016 com queda de 6,6%

A produção industrial teve queda de 6,6% no acumulado de 2016, divulgou nesta quarta-feira (1º/2) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A expectativa dos analistas era de queda de 6,90% a 6,40%. Na comparação de dezembro ante novembro, o índice subiu 2,3%, na série com ajuste sazonal. O resultado veio dentro da margem dos especialistas, que esperavam expansão de 0,50% a 3,50%.

Em relação a dezembro de 2015, a produção caiu 0,1%. Nessa comparação, sem ajuste, as estimativas variavam de retração de 1,30% a avanço de 2,50%, com mediana positiva de 1,00%.

A produção da indústria de bens de capital caiu 3,2% em dezembro ante novembro. Na comparação com dezembro de 2015, o indicador mostrou avanço de 17,3%. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF). No acumulado de 2016, houve redução de 11,1% na produção de bens de capital.

Bens de consumo
Em relação aos bens de consumo, a pesquisa registrou alta de 1,8% na passagem de novembro para dezembro. Na comparação com dezembro de 2015, houve recuo de 2,2%. No acumulado do ano, a queda foi de 5,9%.

Na categoria de bens de consumo duráveis, o mês de dezembro foi de avanço de 6,5% ante novembro, e alta de 4,8% em relação a dezembro de 2015. Entre os semiduráveis e os não duráveis, houve crescimento na produção de 4,1% em dezembro ante novembro, e recuo de 3,6% na comparação com dezembro do ano passado.

Para os bens intermediários, o IBGE informou que o indicador teve alta de 1,4% em dezembro ante novembro. Em relação a dezembro do ano passado, houve redução de 0,5%. No acumulado do ano, houve queda de 6,3%. O índice de Média Móvel Trimestral da indústria apontou avanço de 0,5% em dezembro.

Revisão
O IBGE revisou o dado da produção industrial do mês de novembro ante outubro, de 0,2% para 0,4%. Houve revisão ainda na produção de bens de capital no período, que passou de 2,5% para 3,9%.

O IBGE revisou também a produção de bens intermediários em novembro ante outubro, que saiu de 0,5% para 0,7%; enquanto a taxa dos bens de consumo duráveis passou de 4,0% para 4,3%; e a dos bens de consumo semi e não duráveis foi revista de -0,5% para -0,6%