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Procuradoria pede investigação de assessor de Bolsonaro após gesto

Órgão do RS pediu que a Procuradoria da República no DF apure suposto crime de racismo e improbidade em sinal feito por Filipe Martins

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Homem de preto ao fundo, de máscara branca e terno fazendo gesto de ok
1 de 1 Homem de preto ao fundo, de máscara branca e terno fazendo gesto de ok - Foto: Reprodução

A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão no Rio Grande do Sul encaminhou para a Procuradoria da República no Distrito Federal pedido para que seja aberta uma investigação da “suposta prática de crime de racismo e improbidade cometido por servidor público federal”. O alvo da medida é Filipe Martins, assessor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que fez um gesto polêmico durante sessão no Senado, na última quarta-feira (24/3).

O procurador da República Enrico Rodrigues de Freitas, que assina o despacho, registrou no documento que “verifica-se a existência de indícios mínimos capazes de ensejar a investigação criminal de ocorrência de fato criminoso”.

“A remessa dos autos à Procuradoria da República no Distrito Federal, para ciência e tomada das medidas que entender cabíveis, se justifica por se tratar de Servidor Público Federal no exercício do cargo de Assessor Especial para Assuntos Internacionais no Governo Federal, bem como considerando as regras de atribuição e competência para apuração de fatos criminais”, diz o órgão.

Entenda a polêmica

Martins acompanhava, na quarta-feira (24/3), audiência do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, no Senado, quando as câmeras da Casa o flagraram fazendo um gesto com as mãos enquanto Rodrigo Pacheco (DEM-MG) falava.

O sinal feito pelo servidor pode ter várias conotações. Em alguns países, é usado para sinalizar “ok”, mas no Brasil pode indicar uma obscenidade. Recentemente, passou a ser usado pelos supremacistas brancos nos Estados Unidos como uma “tática popular de trolagem”.

O “W” formado com os 3 dedos significa “White” e os outros 2 dedos formam a letra “P”, que significaria “Power”. “White Power” é uma expressão racista que significa “Poder Branco”.

Em defesa, Filipe Martins disse que estava ajeitando a lapela do terno. Ele usou o Twitter, na noite de quarta-feira (24/3), para justificar as imagens em tom ácido: “Mentes doentias enxergaram um gesto autoritário numa imagem que me mostra ajeitando a lapela do meu terno”.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, decidiu instaurar procedimento de investigação para apurar o fato. A Polícia Legislativa do Senado vai ouvir Filipe Martins.

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