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Procuradoria denuncia homem que ameaçou diretores da Anvisa

Agora, após a denúncia da PRDF, cabe à Justiça avaliar se o acusado deve se tornar réu e responder a uma ação penal

atualizado

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Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
Fachada do prédio sede da Anvisa
1 de 1 Fachada do prédio sede da Anvisa - Foto: Gustavo Moreno/Especial Metrópoles

A Procuradoria da República no Distrito Federal (PRDF) denunciou à Justiça o homem acusado de enviar ameaças de morte aos diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em outubro deste ano.

Por e-mail, o suposto autor ameaçou “acabar com a vida” dos diretores da Anvisa, caso os gestores aprovassem a vacinação de crianças de 5 a 11 anos de idade contra a Covid-19.

Agora, após a denúncia da PRDF, cabe à Justiça avaliar se o acusado deve se tornar réu e responder a uma ação penal. Nesta terça-feira (21/12), a Polícia Federal informou que concluiu as investigações sobre o caso.

Aberto pela polícia ainda em outubro, quando a agência começava a discutir a vacinação de crianças da faixa etária entre 5 a 11 anos, o referido inquérito foi concluído no mês passado. O principal investigado é um paranaense chamado Douglas Bozza.

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Diretor presidente da ANVISA, Antonio Barra Torres
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Fachada do prédio sede da Anvisa

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Diretor presidente da ANVISA, Antonio Barra Torres

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Ao Metrópoles a instituição disse que a investigação foi concluída e que os trâmites foram encaminhados para as autoridades competentes. A corporação, no entanto, não indiciou o acusado porque o crime de ameaça é considerado delito de menor potencial ofensivo.

“No âmbito da investigação que apura crime de ameaça contra os servidores públicos diretores da Anvisa, a Polícia Federal informa que identificou o seu autor, ouviu todas as partes e concluiu o inquérito policial, que foi encaminhado à Justiça Federal de Brasília para as providências cabíveis”, disse.

Novas investigações

Depois da aprovação e autorização da vacinação de crianças entre 5 a 11 anos, na quinta-feira (16/12), os integrantes do órgão voltaram a ser ameaçados. Entre sexta (17/12) e segunda (20/12), a agência recebeu aproximadamente 130 mensagens eletrônicas com intimidações aos funcionários da autarquia.

Parte das mensagens chegou aos sistemas da agência após o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmar que tornaria públicos os nomes dos diretores e técnicos responsáveis pela aprovação da vacinação para a faixa etária.

“A Anvisa não está subordinada a mim. Deixar bem claro isso. Não interfiro lá. Eu pedi, extraoficialmente, o nome das pessoas que aprovaram a vacina para crianças a partir de 5 anos. Nós queremos divulgar o nome dessas pessoas, para que todo mundo tome conhecimento e, obviamente, forme o seu juízo”, afirmou, em transmissão ao vivo nas redes sociais.

Depois da fala de Bolsonaro, a agência reagiu aos comentários do presidente e divulgou nota na qual diz “repudiar e repelir com veemência qualquer ameaça explícita ou velada que venha constranger, intimidar ou comprometer o livre exercício das atividades regulatórias” do órgão.

Após as novas ameaças de morte, a PF abriu outra investigação. O superintendente da PF do Distrito Federal declarou que já recebeu as informações sobre o caso e trabalha na identificação dos responsáveis.

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