Procuradores do MPF investigarão bloqueio de rodovias federais no Rio
A chamada equipe de apoio deve auxiliar na apuração de casos que violem ao Estado de Direito, às instituições democráticas e à ordem social
atualizado
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Um grupo de 14 procuradores do Ministério Público Federal (MPF) irá auxiliar na investigação de casos relacionados ao bloqueio de rodovias federais no Rio de Janeiro que violem o Estado de Direito, as instituições democráticas e a ordem social.
A chamada equipe de apoio deve auxiliar, a pedido do MPF, nas searas cível, criminal e de controle externo da atividade policial nas rodovias obstruídas por manifestantes pró-Bolsonaro no estado.
“A criação do grupo visa reforçar a atuação do Ministério Público Federal no Rio de Janeiro para promover as medidas necessárias em defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, especialmente quanto ao Estado de Direito, às instituições democráticas e à ordem social”, destaca o procurador-chefe da unidade do MPF no RJ, Sérgio Pinel.
PMRJ auxilia na liberação de vias
Mesmo após o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmar a decisão do ministro Alexandre de Moraes para que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) desobstrua rodovias bloqueadas, o país amanheceu com 271 ocorrências em estradas nesta terça-feira (1º/11).
O governador do RJ, Claudio Castro (PL), informou que irá enviar equipes da Polícia Militar para liberar as vias fechadas no estado. O anúncio segue decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) desta terça-feira (1°/11).
Nesta terça, em pronunciamento após a derrota nas eleições 2022, o presidente Jair Bolsonaro (PL) desaprovou atos de caminhoneiros que estão bloqueando rodovias em todo o país. O chefe do Executivo federal, no entanto, declarou que o movimento é “fruto da indignação e sentimentos de injustiça”.
Os protestos ocorrem em todo o território nacional e acontecem contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Presidência no segundo turno das eleições. No domingo (30/10), Lula teve 50,90% dos votos, contra 49,10% de Jair Bolsonaro (PL).