Procuradores acusam Bolsonaro de crime de responsabilidade
A Associação Nacional dos Procuradores da República também enquadra as acusações contra o mandatário no crime de falsidade ideológica
atualizado
Compartilhar notícia
A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), analisou as acusações do ex-ministro da Justiça Sergio Moro contra 0 presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como “muito graves” e “enquadrou” o chefe do Executivo federal em ilícitos como falsidade ideológica e crime de responsabilidade.
Para o presidente da entidade, Fábio George Cruz da Nobrega, Bolsonaro cometeu falsidade ideológica ao assinar um ato inexistente de exoneração a pedido do diretor-geral da Polícia Federal.
Nesta sexta-feira (24/04), o ex-comandante da PF Maurício Valeixo foi exonerado por Bolsonaro, resultando na demissão de Sergio Moro do cargo de ministro, horas depois.
Além disso, o procurador entendeu que ao tentar interferir na regularidade de investigações, Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade.
Confira a nota na íntegra:
“Muito graves as declarações apresentadas pelo agora ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro. Sinalizam a ocorrência de crime de falsidade ideológica de responsabilidade do presidente da República, na assinatura de ato inexistente de exoneração a pedido do diretor-geral da PF, bem como de crime de responsabilidade, na tentativa de interferência na regularidade de investigações. Ambas as ocorrências precisam ser devidamente apuradas”.