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Procuradora foi agredida por 20 minutos: “Intenção dele era me matar”

Gabriela Samadello Monteiro de Barros, 39 anos, relatou que agressões duraram mais do que os socos e cotoveladas que aparecem em vídeo

atualizado

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procuradora espancada agredida registro sao paulo
1 de 1 procuradora espancada agredida registro sao paulo - Foto: Reprodução

São PauloGabriela Samadello Monteiro de Barros, 39 anos, relatou no fim da tarde dessa quarta-feira (22/6) ao Metrópoles que foi agredida por Demétrius Oliveira Macedo, 34, por cerca de 20 minutos.

Segundo a procuradora-geral de Registro, no interior de São Paulo, os golpes foram além de socos e cotovelada e duraram muito mais tempo do que os 20 segundos registrados em imagens por uma colega de trabalho.

“O vídeo começa quando eu estava ali no canto, já rendida. Quando as agressões começaram eu estava longe da parede, eu fui arremessada”, disse Gabriela Barros.

Veja o vídeo:

 

 

Intenção de matar

A procuradora-geral relatou que durante os 20 minutos em que foi agredida não achou que iria sobreviver ao ataque. “Na hora que eu estava sofrendo as agressões, eu achei que ele fosse me matar, achei que eu fosse morrer espancada”, contou.

Gabriela acredita que Demétrius merece ser condenado por tentativa de feminicídio e desacato.

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Gabriela Samadello foi agredida de forma brutal por Demétrius Oliveira
A procuradora-geral começou a ser agredida inicialmente com socos e uma cotovelada no rosto pelo também procurador Demétrius Oliveira Macedo
Vídeo mostra homem agredindo procuradora
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O procurador Demétrius Oliveira Macedo espancou sua chefe – a procuradora-geral do município de Registro, Gabriela Samadello Monteiro de Barros

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Gabriela Samadello foi agredida de forma brutal por Demétrius Oliveira

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A procuradora-geral começou a ser agredida inicialmente com socos e uma cotovelada no rosto pelo também procurador Demétrius Oliveira Macedo

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Vídeo mostra homem agredindo procuradora

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“Se ele tivesse a intenção só de me machucar, ele não teria dado tantos golpes violentos só na minha cabeça. Ele poderia batido em outros locais do meu corpo, ter me dado tapas, ter me chutado nas pernas. A intenção dele estava bem direcionada para me matar.”

Início das agressões

A servidora afirmou que as agressões começaram quando ela parou para conversar na mesa de uma colega de trabalho, antes de deixar a prefeitura no fim do expediente de segunda-feira (20/6).

“Eu estava saindo, ele saiu da sala dele que estava com a porta fechada e me surpreendeu com um golpe”, relatou Gabriela Barros.

De acordo com a procuradora, não houve naquele momento nenhuma conversa entre ela e o agressor, que era seu subordinado.

“Ele não dirigia a palavra para mim, ele só se comunicava comigo formalmente por memorandos. Quando era informalmente, ele mandava bilhetes pelos funcionários”, disse.

Motivação

A procuradora-geral de Registro acredita que Demétrius decidiu agredi-la após ver uma publicação no Diário Oficial, feita por volta das 16h.

“Ele tomou conhecimento de uma comissão que conduziria um processo administrativo contra ele. Eu acho que ele visualizou uma publicação no Diário Oficial e ficou furioso”, afirmou.

Gabriela disse ainda que o procurador não aceitava se subordinar a uma mulher. “Ele me xingou de tudo quanto é nome, de vagabunda, de puta, depois ele me deu uma cotovelada, começou a me dar socos violentos na cabeça”, contou.

Sequelas

A servidora pública ainda tem cortes na cabeça, um inchaço grande no olho e dificuldade para abrir a boca. Ela terá que passar por avaliações de um oftalmologista e um médico especialista no maxilar.

Traumatizada e com medo, ela diz que não fica sozinha e que está tomando medicamentos para conseguir dormir. A procuradora afirmou que quer voltar a trabalhar, mas ainda não tem condições psicológicas.

“Estou temendo mais do que antes, porque tomou uma proporção muito grande e ele com certeza está vendo tudo isso. Acho que ele pode me matar se me encontrar na rua”, contou.

Em depoimento à Polícia Civil, Demétrius admitiu que agrediu a colega de trabalho. “Mas alegou que assim o fez por sofrer assédio moral”, disse o delegado Fernando Carvalho Gregório, em entrevista à TV Tribuna, afiliada à Rede Globo.

Na tarde desta quarta-feira (22/6), a Polícia Civil pediu a prisão preventiva do servidor.

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