Procurador quer que TCU vete Bolsonaro de “propagandear uso da cloroquina”
Lucas Rocha Furtado ainda pede que o presidente repare os cofres do Estado caso esteja sendo tratado com verba pública
atualizado
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O subprocurador Lucas Rocha Furtado, do Ministério Público, junto ao Tribunal de Contas da União (MPTCU), pede que o TCU obrigue o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), a parar de “propagandear o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina no trato da Covid-19“. Para ele, o chefe do Executivo indica um medicamento que não tem eficácia comprovada.
Na ação, ele também recomenda que Bolsonaro repare os cofres do Estado “caso as despesas com o seu tratamento contra o novo coronavírus estejam sendo custeadas com recursos públicos”.
O documento aponta que não há comprovação científica de que a droga seja de fato eficaz no tratamento da doença, que já matou mais de 72 mil brasileiros. Bolsonaro é um dos defensores do uso do medicamento. Após anunciar que foi diagnosticado com o vírus, ele publicou vídeo no qual tomava um comprimido de cloroquina.
“A crua verdade é que a massa de brasileiros, em grande parte, ignorante e sem instrução, não tem meios nem condições de decidir pelos adequados caminhos a trilhar nesta horrível crise pandêmica”, afirma o documento assinado por Rocha Furtado.
“Essa importante e crucial tarefa cabe às autoridades científicas e à OMS [Organização Mundial da Saúde], bem como aos políticos e aos gestores públicos que se alinhem às diretrizes por elas estabelecidas. Destarte, é de se deduzir que somente políticos e gestores públicos mal-intencionados ou irresponsáveis agem de forma a contrariar o norte apontado pela comunidade científica e pela OMS nesta pandemia”, diz trecho do texto.
Veja a íntegra da representação:
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