metropoles.com

Procurador: “Ação no Jacarezinho foi para proteger vidas e liberdade”

Documento do governo do estado do Rio, entregue ao Supremo Tribunal Federal, tem 11 páginas e argumentos defendendo a legalidade da ação

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
REGINALDO PIMENTA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO
Operacão policial em favela do Rio deixa pelo menos 15 mortos
1 de 1 Operacão policial em favela do Rio deixa pelo menos 15 mortos - Foto: REGINALDO PIMENTA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO

Rio de Janeiro – A operação Exceptis da Polícia Civil, a mais letal da história do Rio de Janeiro, foi classificada como uma ação para “a proteção da vida, liberdade e dignidade de menores”.

Os argumentos fazem parte de documento produzido pelo governo do estado para justificar a operação policial no dia 6/5, que deixou 28 mortos na comunidade do Jacarezinho, na zona norte. Uma das vítimas foi o policial civil André Frias.

O documento foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF).  Com 11 páginas e assinado pelo procurador Carlos da Costa e Silva Filho, o governo diz à Corte que a Polícia Civil não descumpriu a determinação do ministro Edson Fachin, que só permite ações policiais em comunidades do Rio de Janeiro em situações excepcionais durante a pandemia.

Silva Filho salientou que a operação foi para “a proteção da vida, liberdade e dignidade de menores, em respeito ao preceito constitucional que estabelece a absoluta prioridade dos direitos fundamentais de crianças e adolescentes”. O mesmo argumento constava na nota do Ministério dos Direitos Humanos, apagada após pressão de seguidores bolosonaristas. Após desaparecer com o texto das redes e canais do ministério, a ministra Damares se referiu ao caso como “palhaçada”.

O texto do procurador cita ainda que a Polícia Civil foi motivada a realizar a ação a partir de inquérito que detectou o aliciamento de menores para o tráfico de drogas. Entidades de direitos humanos classificam a operação como massacre ou chacina.

Após a operação em Jacarezinho e a pedido de Fachin, o STF julgará no plenário virtual um recurso do Partido Socialista Brasileiro (PSB) para ampliar as restrições a ações policiais nas favelas do Estado do Rio durante a pandemia da Covid-19. O PSB também pede que os protocolos das operações sejam divulgados. O julgamento será por videoconferência, a partir do próximo dia 21.

6 imagens
Do total de vítimas, 86% eram negras
Sete estados são mapeados pelo estudo da Rede de Observatórios de Segurança: Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo
Marcas de tiros na comunidade do Jacarezinho
No caso da capital, este número sobe para 90%
Paredes com marcas de tiros próximo a comércio
1 de 6

Moradores em um beco no Jacarezinho após operação

Foto: Aline Massuca/Metrópoles
2 de 6

Do total de vítimas, 86% eram negras

Aline Massuca/Metrópoles
3 de 6

Sete estados são mapeados pelo estudo da Rede de Observatórios de Segurança: Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo

Aline Massuca/Metrópoles
4 de 6

Marcas de tiros na comunidade do Jacarezinho

Foto: Aline Massuca/Metrópoles
5 de 6

No caso da capital, este número sobe para 90%

Aline Massuca/Metrópoles
6 de 6

Paredes com marcas de tiros próximo a comércio

Foto: Aline Massuca/Metrópoles

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?