“Privilégios?”: Marinha apaga vídeo do Dia do Marinheiro após polêmica
Em 1º de dezembro, a Marinha divulgou um vídeo no qual questionava a ideia de que os militares são privilegiados
atualizado
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A Marinha do Brasil apagou de todas as suas redes sociais o vídeo divulgado no Dia do Marinheiro, em 1º/12, após polêmicas. O conteúdo questionava a ideia de que os militares são privilegiados.
A publicação ocorreu poucos dias após o governo federal anunciar um pacote de corte de gastos, incluiindo as Forças Armadas.
O vídeo, feito em comemoração ao mês do Dia do Marinheiro, compara pessoas em momentos de lazer com militares trabalhando duro e sob pressão. No fim, uma militar questiona: “Privilégios? Vem para a Marinha”.
O vídeo recebeu diversas críticas nas redes sociais. Entre elas a do professor universitário Piero Leirner, que escreveu no X: “Para a Marinha, não existe classe trabalhadora. Os civis são um bando de turistas no Brasil, enquanto eles fazem tudo”.
À época, a Marinha negou qualquer relação do vídeo com a proposta de cortes de gastos do governo federal. “A peça publicitária não visa dirigir eventual crítica ao conjunto de medidas relacionadas ao ajuste fiscal atualmente em discussão”, alegou, em nota.
No sábado que antecedeu o Dia do Marinheiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou com os comandantes das Forças Armadas e com o ministro da Defesa, José Múcio. A reunião foi marcada de última hora no Palácio da Alvorada e sem publicação na agenda oficial.
À época da postagem a presidente do Partido dos Trabalhadores e deputada federal, Gleisi Hoffmann, entrou na polêmica, chamando o vídeo de “grave erro”.
“Ninguém duvida que o serviço militar exige esforço e sacrifícios pessoais, especialmente da tropa que se arrisca nos treinamentos e faz o serviço pesado. Isso não faz dos militares cidadãos mais merecedores de respeito do que a população civil”, argumentou Hoffmamn.