Primo Pobre: youtuber dá bronca em seguidores ao ensinar finanças
Eduardo Feldberg não tem papas na língua para dar conselhos que vão contra influenciadores conhecidos de finanças e dá bronca em seguidores
atualizado
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São Paulo – Eduardo Feldberg tem 37 anos, é formado em produção audiovisual, tem um carro do modelo SpaceFox e mora em um apartamento em Osasco, na região metropolitana de São Paulo. Depois de um vídeo seu sobre amortização de financiamento de imóvel viralizar, ele se tornou conhecido como Primo Pobre.
O apelido foi dado por seus seguidores em uma alusão direta ao youtuber Thiago Nigro, O Primo Rico. Mas além de não ser rico, Eduardo contradiz conselhos dados por influenciadores famosos de finanças pessoais.
“Eu não era seguidor nem nada, mas eu já tinha ouvido falar do Primo Rico. A galera começou a me chamar de Primo Pobre, porque o Primo Rico era ‘famosão’ e tal. E tinha eu, que me vestia mal, gravava descabelado e descalço”, contou Eduardo ao Metrópoles.
Viralizou
O vídeo que deu origem ao Primo Pobre foi publicado há cerca de um ano e hoje tem mais 7,1 milhões de visualizações. O tutorial sobre como pagar o financiamento de imóvel foi publicado por Eduardo sem nenhum planejamento.
“Cheguei do trabalho e estava ridículo. Se eu soubesse que o vídeo ia viralizar, pelo menos eu teria penteado o cabelo. Mas nem isso o besta fez. Estava com cara de louco aqui, cansado, podre”, contou.
Antes do sucesso
Nessa época, Eduardo trabalhava no setor administrativo de uma escola infantil e não era especialista em finanças e também não acompanhava os youtubers da área.
“Sempre fui uma pessoa muito boa para ganhar dinheiro trabalhando, para não gastar dinheiro com idiotice. Só que eu sempre fui uma besta-quadrada para investimento, nunca soube nada”, afirmou.
Durante um tempo, o Primo Pobre trabalhava na escola durante o dia e passava as noites e parte da madrugada gravando e editando vídeos. Segundo Eduardo, antes de se tornar um influenciador, ele recebia em média um valor líquido de R$ 3 mil por mês.
“Mesmo assim eu tinha um carro quitado, juntei mais de R$ 100 mil. Eu já fui viajar pro exterior várias vezes, já fui pro Caribe e África do Sul”, contou.
Vida de influenciador
Em janeiro, ele pediu demissão do emprego para se dedicar de 10 a 14 horas por dia para criação de conteúdo para o canal. “Já estou entre os 10 maiores canais de finanças”, comemorou.
Agora, ele faz cursos na área de finanças, mas mantém a linguagem, espontânea, simples e direta do canal. Eduardo acredita que um dos segredos do seu sucesso é compartilhar o seu processo de aprendizado com o público.
“Falo com os seguidores como se eu estivesse falando com meus amigos e não como se eu estivesse falando com meus clientes. Da mesma forma que eu chego no meu amigo e falo: ‘Véio, você é muito burro, mano! Você ganha dois paus e comprou esse tênis aí de mil, mano?!’ No meu canal eu faço a mesma coisa”, disse.
Primo Pobre ficou rico?
Com o sucesso e as parcerias, a atuação como influenciador se tornou sua principal fonte de renda.
“Hoje, eu já sou independente financeiramente, já tenho um valor que eu nunca imaginaria, que teria, sabe? Minha vida mudou drasticamente. Mas eu continuo morando no meu ‘apezinho’ em Osasco, continuo fazendo marmita”, afirmou.
Thiago Nigro, o Primo Rico, e Eduardo se conheceram em um evento para influenciadores digitais. Depois, Nigro convidou o Primo Pobre para um café em Alphaville. Feldberg contou que os dois “trocaram ideias”.