Primeiro lote de insumos para vacina da Fiocruz chega hoje ao Brasil
O Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) possibilitará a produção de mais 2,8 milhões de doses de imunizante contra a Covid-19
atualizado
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O primeiro lote do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) para a produção da vacina Oxford/AstraZeneca na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) tem chegada prevista para as 17h50 deste sábado (6/2), no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. O IFA possibilitará a fabricação de mais 2,8 milhões de doses do imunizante contra a Covid-19, que já começou a ser aplicado no país a partir de 2 milhões de unidades prontas importadas da Índia no mês passado.
O insumo foi fabricado no laboratório Wuxi Biologics, na China, de onde partiu às 20h35 (horário de Brasília) da última quinta-feira (4/2).
O laboratório chinês foi vistoriado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no fim do ano passado e é parceiro da farmacêutica europeia AstraZeneca, que desenvolveu a vacina com a Universidade de Oxford, do Reino Unido.
Depois do desembarque, o IFA será transportado para o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), na zona norte do Rio de Janeiro. Lá, após checagens de controle de qualidade, o insumo deve ser liberado na próxima quarta-feira (10/2) para descongelamento, já que precisa ser transportado a -55 graus Celsius.
O degelo precisa ser feito lentamente e somente na sexta-feira (12/2), deve ter início a formulação do lote de pré-validação, necessário para garantir que o processo de produção da vacina está adequado.
Na formulação, o IFA é diluído em outros componentes do imunizante, que, entre outras funções, garantem que a armazenagem possa ser feita em refrigeradores comuns, com temperaturas entre 2 e 8 graus Celsius. Após a formulação, uma série de outros procedimentos como o envase e a rotulagem preparam a vacina para distribuição.
Testes de qualidade rigorosos
Tal processo conta com rigorosos testes de qualidade e a previsão é que o primeiro lote de pré-validação do imunizante seja liberado para aprovação da Anvisa no dia 18 deste mês.
A Fiocruz esperava inicialmente o envio de 14 remessas de IFA ao longo do primeiro semestre, cada uma com insumo suficiente para produzir 7,5 milhões de doses. As duas remessas iniciais deveriam ter chegado em janeiro, e o contrato prevê que a fundação receba o suficiente para produzir 100,4 milhões de doses até julho.
Apesar dos atrasos na chegada do insumo, a Fiocruz afirma que é possível manter o compromisso de entregar a mesma quantidade de doses.