O lote, que desembarcou no país nesse sábado (20/1), faz parte do total de 1,32 milhão de doses da vacina fornecidas, sem cobrança, pela farmacêutica japonesa Takeda ao Ministério da Saúde. Uma segunda remessa, com 570 mil imunizantes, têm previsão de ser entregue em fevereiro.
A lista dos municípios que receberão as doses e a estratégia de vacinação para cada um serão informadas pelo Ministério da Saúde nos próximos dias. A previsão é que as aplicações da Qdenga comecem em fevereiro.
As vacinas ainda precisam passar pelo processo de liberação da alfândega e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); em seguida, serão enviadas para o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS).
Além desses dois lotes, o Ministério da Saúde comprou o quantitativo total disponibilizado pelo fabricante para 2024: 5,2 milhões de doses. Os imunizantes devem ser entregues ao longo do ano, até novembro.
A farmacêutica responsável por fabricar a vacina comunicou que a capacidade de fornecimento de doses ainda é limitada; por isso, não pôde disponibilizar os imunizantes em larga escala inicialmente.
O Ministério da Saúde detalhou que, diante da capacidade de fabricação da empresa, cerca de 3,2 milhões de pessoas devem ser vacinadas neste ano no Brasil, pois o imunizante depende de duas doses, com intervalo mínimo de três meses entre elas, para ter eficácia.
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A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente à morte
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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias
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A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos
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No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses
micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes
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Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos
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No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte
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Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue
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Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão
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Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada
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Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas
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Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas
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O público-alvo da primeira etapa de atendimento serão crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações por dengue, após a de pessoas idosas. A liberação para esse segundo grupo, porém, ainda depende da Anvisa.
Atualmente, o imunizante é usada pela União Europeia e em países como Islândia, Liechtenstein e Noruega, além de Grã-Bretanha, Irlanda do Norte, Indonésia, Tailândia e Argentina.