Primeira-dama de Israel relata a Janja violência contra israelenses
Em carta, Michal Herzog, reclamou com Janja do silêncio no mundo em relação a israelenses estupradas pelo Hamas em outubro
atualizado
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A primeira-dama de Israel, Michal Herzog, enviou uma carta à primeira-dama brasileira, Janja, na última quarta-feira (22/11), com um desabafo em relação à violência sofrida por mulheres israelenses atacadas pelo Hamas e com um apelo relativo ao Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, celebrado no último sábado (25/11). O conteúdo foi divulgado pela diplomacia israelense.
“Chamo por você”, destaca Herzog. “Falem em solidariedade a essas mulheres vitimizadas, assim como muitas foram antes e muitas, infelizmente, serão”, segue ela, que também enviou o documento a outras primeiras-damas mundo afora.
Na carta, Herzog relembra Janja sobre a situação vivida pelas mulheres israelenses durante o conflito com o Hamas, destacando a violência de gênero cometida contra elas. “Esse ano, com essa ocasião anual acontecendo apenas algumas semanas após o massacre monstruoso do Hamas infligir as pessoas de Israel, acho a crueldade da violência de gênero visceralmente clara”, destaca a primeira-dama de Israel.
Herzog ainda destacou que vê um silenciamento em organizações que lutam pelos direitos das mulheres, assim como das populações, no que diz respeito às violências vividas pelas mulheres israelenses.
“Apesar do excesso de violência evidente contra mulheres israelenses, as mulheres do mundo estão caladas. Organizações internacionais que lutam pelos direitos das mulheres permanecem mudas. O silêncio é ainda mais ensurdecedor quando, neste momento, mulheres e meninas estão reféns do Hamas”, declara. “Quando elas forem libertas nós saberemos pelo o que passaram”, completa.
A primeira-dama de Israel também falou sobre o uso da violência sexual enquanto arma de guerra: “É claro que utilizar estupros e usar o corpo das mulheres como instrumentos é um crime contra a humanidade”.
Violência sexual
O estupro, uma das principais formas de violência sexual, muitas vezes é utilizado como parte da estratégia de guerra. Desde 2002 esse crime é reconhecido como um crime contra a humanidade e de guerra, graças ao Estatuto de Roma.