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PRF usou câmeras e informante para achar médica que sequestrou bebê

Polícia Rodoviária Federal montou operação para encontrar médica que sequestrou bebê em Minas e fugiu para Goiás

atualizado

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Divulgação/PRF-GO
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1 de 1 imagem colorida carro medica que sequestrou bebe mg - Foto: Divulgação/PRF-GO

Goiânia – Uma ação integrada entre forças policiais conseguiu localizar e prender a médica Cláudia Soares Alves, de 42 anos, que sequestrou uma recém-nascida no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU). O caso aconteceu na noite de terça-feira (23/7) e a mulher foi detida horas depois, na madrugada de quarta-feira (24/7), em Itumbiara (GO), a cerca de 135 km de distância do local do crime.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal em Goiás (PRF-GO), que participou da ação, o serviço de inteligência da corporação, câmeras de monitoramento instaladas nas rodovias e um informante foram cruciais para o sucesso da operação, que terminou com a suspeita presa e o bebê devolvido aos familiares.

Com base nas informações sobre o carro, a PRF aplicou filtros no sistema de inteligência para identificar todos os veículos com as mesmas características trafegando nas imediações de Uberlândia. O carro de Cláudia foi visto em direção a Itumbiara, no sul goiano, e a PRF começou a acompanhá-lo.

A médica saiu do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) e percorreu as BR-365 e BR-153. Ela passou por trechos filmados em Uberlândia às 1h24 e em Monte Alegre às 2h09. A suspeita passou pelos municípios de Uberlândia, Monte Alegre de Minas, Centralina, Araporã, até chegar a Itumbiara, já em Goiás.

Informante

De acordo com a PRF, a ajuda de um informante foi imprescindível para a realização do trabalho. Segundo o chefe do núcleo de comunicação social da PRF-GO, Jander Costa, um médico do HC-UFU falou sobre o caso à prima de um policial, o que foi essencial para a agilidade no desfecho do caso.

“Um médico que trabalha no hospital em Uberlândia é casado com a prima de um PRF. Essa prima entrou em contato com o PRF, e esse policial acionou o sistema de inteligência com os dados preliminares que tinham, de que se tratava de um carro sedan da cor vermelha”, explicou Jander Costa, chefe do núcleo de comunicação social da PRF-GO.

Com a descrição do informante, o policial aponta que foi “fácil” filtrar os veículos, identificar o carro de Cláudia e obter todos os dados dela, como endereço, nome e antecedentes.

“Foi até rápida a solução desse caso, exatamente pela informação precisa que tivemos. Se ninguém tivesse dado as características do carro, se não tivesse tido essa participação das pessoas e a câmera do hospital, talvez o bebê nunca mais tivesse sido encontrado”, disse ele ao g1.

Jander pontuou ainda a importância de as pessoas informarem à polícia sobre crimes. “Gostaria de reforçar a importância da participação das pessoas ao verificarem algum crime, que acionem os canais das polícias, porque isso facilita o trabalho policial de investigação e de identificação”, explicou Jander.

Segredo de Justiça

Cláudia foi detida e passou por audiência de custódia nessa quinta-feira (25/7), segundo seu advogado de defesa, ocasião em que teve a prisão mantida. O processo foi colocado em segredo de Justiça. Por isso, não há mais detalhes da audiência de custódia.

Conforme laudo médico apresentado pela defesa da médica, ela é diagnosticada com transtorno afetivo bipolar, transtorno de ansiedade generalizada e transtorno do pânico. De acordo com o documento, a paciente tem crises recorrentes que prejudicam seu juízo crítico e a compreensão de suas atitudes.

A defesa da médica chegou a dizer que ela está grávida. A Polícia Civil, porém, acredita que é mentira.

Cláudia foi autuada em flagrante por sequestro qualificado e, no momento em que era levada para a delegacia, justificou que está doente e faz uso de remédio controlado. Em depoimento oficial, ela ficou em silêncio.

O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) disse que iniciou uma apuração interna sobre as circunstâncias e colabora com a investigação da polícia. Segundo o hospital, a médica usou o crachá da universidade, que também informou estar apurando a responsabilidade e que adotará “as tratativas cabíveis”.

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