PRF identifica 14 bloqueios em estradas e 8 pontos de protestos
Número de bloqueios é bem menor do que o registrado logo após resultado do segundo turno; quase todas as ocorrências se situam em Rondônia
atualizado
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As rodovias federais brasileiras registram 14 bloqueios e pelo menos oito pontos de manifestação no começo da tarde desta sexta-feira (18/11). Caminhoneiros mobilizam novos protestos contra o resultado das eleições para a Presidência e a favor de uma intervenção militar.
O número de bloqueios é bem menor do que o registrado nas primeiras manifestações desse tipo, na primeira semana após o segundo turno, em que o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve mais votos e venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL). À época, foram notificados mais de mil bloqueios e interdições acumulados.
Desta vez, dos 14 bloqueios nas rodovias, 11 se concentram em Rondônia. Outras três interdições parciais acontecem no Mato Grosso.
Os pontos de manifestação de caminhoneiros, divulgados pelas PRFs de cada unidade da Federação, situam-se no Rio de Janeiro, em Mato Grosso do Sul e em Goiás, no Entorno do DF. Nem todas as PRFs divulgam os locais de concentração de caminhoneiros.
Veja a situação nos estados:
Distrito Federal
Pontos de concentração de caminhoneiros no Km 94 da BR-040/GO, em Cristalina; e no Km 6 da BR-020/GO, em Formosa.
Mato Grosso
Três pontos de interdições parciais nas rodovias federais do estado. PRF não informou quais rodovias.
Mato Grosso do Sul
Manifestantes incendiaram pneus na BR-463; a situação prejudicou o trânsito, mas a concessionária e a PRF conseguiram conter a ocorrência.
Rio de Janeiro
Apenas manifestações nas rodovias BR-116, BR-040, BR-393, BR-493, e duas na BR-101.
Rondônia
Ao todo, são 11 bloqueios em rodovias federais. BR-364: Distrito de Nova Califórnia, Distrito de Extrema, Vilhena, Ariquemes, Cacoal, Ouro Preto D’Oeste, Presidente Médici, Ji-Paraná; BR-435 Colorado do Oeste, Nova Namoré.
Resposta ao STF
Em grupos que apoiam o presidente Jair Bolsonaro, que perdeu a eleição, militantes defendem que as manifestações desta sexta constituem resposta à decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que puniu os responsáveis por financiar os movimentos.
No último sábado (12/11), o STF determinou o bloqueio das contas de 43 empresas e pessoas físicas por financiarem esses atos. A decisão foi noticiada na quinta (17/11).
Moraes determinou que a Polícia Federal colha depoimentos de todas as empresas e pessoas listadas. Na ocasião, o ministro citou o deslocamento de 115 caminhões para o QG do Exército, em Brasília, onde os manifestantes se concentram.
Apoiadores de uma suposta intervenção militar contra Lula acampam e protestam na porta de unidades do Exército em várias cidades do país desde o início de novembro.