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PRF ganhou aditivo de R$ 3 mi para blitze no 2º turno das eleições

Após resultado do 1º turno, governo determinou que a PRF elaborasse um plano específico para blitze no 2º turno, com mais R$ 3 milhões

atualizado

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Silvinei Vasques, diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) - Metrópoles
1 de 1 Silvinei Vasques, diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) - Metrópoles - Foto: Reprodução/Instagram

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) elaborou uma operação específica, com adicional de R$ 3 milhões, para o segundo turno das eleições de 2022. Em setembro, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) aprovou um planejamento de operação, relativo ao 1º e 2º turnos. No entanto, após o resultado do primeiro turno, o governo determinou que fosse feito um planejamento específico para o próximo pleito

As informações são de um relatório do Ministério da Justiça entregue à Controladoria Geral da União (CGU) e apresentados pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, nesta quinta-feira (20/4), durante entrevista coletiva.

Segundo Dino, no primeiro momento foi aprovado um planejamento de operação da PRF para os dois turnos. No entanto, após o resultado da eleição em 2 de outubro, com Lula à frente do então presidente Jair Bolsonaro, foi elaborado um novo plano, especificamente para o segundo turno, com mais R$ 3 milhões destinados para operação

“Após o primeiro turno, a PRF informou à CGU que houve uma determinação de que houvesse um planejamento específico para o segundo turno, que houvesse alocação de mais dinheiro para fortalecer a operação no segundo turno. E assim foi feito, a PRF cumpriu, foi realizado um novo planejamento, com mais R$ 3 milhões para essa operação no segundo turno.”

Na época, o Ministério da Justiça estava sob comando do bolsonarista Anderson Torres, que está preso preventivamente pela sua atuação como Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal durante os ataques do dia 8 de janeiro nos prédios dos Três Poderes em Brasília.

PRF chefiada por Silvinei Vasques

A PRF, que está sob guarda chuva do Ministério da Justiça, era chefiada pelo bolsonarista Silvinei Vasques, que declarou voto em Bolsonaro um dia antes do segundo turno.

Silvinei foi exonerado do cargo de diretor-geral da PRF por Bolsonaro em dezembro do ano passado.  Ele é investigado pela Polícia Federal (PF) por blitze realizadas nas eleições, quando policiais rodoviários federais pararam veículos de eleitores, mesmo com as operações proibidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Além disso, Vasques aparece como réu por improbidade administrativa ao pedir votos indevidamente ao então candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro.

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