metropoles.com

Previdência: policiais são contra texto-base aprovado pela câmara

A União dos Policiais do Brasil (UPB) reforçou suas exigências e disse não se tratar de “privilégios” à categoria

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
PF/Reprodução
Screenshot_18188
1 de 1 Screenshot_18188 - Foto: PF/Reprodução

Com a aprovação do texto base da reforma da Previdência pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados, a União dos Policiais do Brasil (UPB) publicou nota, neste sábado (06/07/2019) repudiando a redação e reforçando seus requerimentos. A categoria tem enfrentado o governo desde seu período de transição pedindo a inclusão de benefícios exclusivos à classe policial. Porém, as demandas têm sido parcialmente ignoradas pelo Executivo federal e o Legislativo, o que tem gerado tensão entre os envolvidos.

Na nota, os policiais disseram que o atual texto não condiz com as necessidades da atividade dos profissionais e que trará um “grave prejuízo” ao setor. Eles exigiram, ainda, uma regra de transição e idade mínima igual à das Forças Armadas e deixaram claro que não se trata de “privilégio”, mas sim de direitos da categoria.

“Precisamos de segurança jurídica e emocional para trabalhar, não de privilégios. Necessitamos de higidez física e mental para combater o crime, inclusive sacrificando a própria vida”, informou o comunicado.

“A atual redação da reforma da Previdência resultará em grave prejuízo para as atividades do setor, sobretudo o combate à criminalidade. Estamos cientes da necessidade de ajustes no sistema previdenciário, mas discordamos da atual proposta, que não condiz com as particularidades de nossa atividade de risco”, continuou o texto.

na última quinta-feira (04/07/2019), o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), assumiu que errou com os policiais federais e militares ao não colocar regras mais brandas para a categoria na reforma da Previdência.

O chefe do Executivo federal disse, no entanto, que pretende resolver os desentendimentos com base na conversa. “O discurso de alguns, como se nós quiséssemos privilegiar também Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, não procede. São aliados e também nunca tiveram privilégio no Brasil”, afirmou o presidente.

“Bolsonaro traidor”
No mesmo dia, policiais federais, rodoviários, agentes penitenciários e agentes socioeducativos saíram irritados da votação do texto na comissão especial da Câmara, após terem dois destaques rejeitados pelo colegiado. Eles voltaram a chamar Bolsonaro de “traidor”.

Integrantes da segurança pública pleiteavam, além da redução na idade mínima, alterações nas regras de transição de policiais federais – a categoria queria um “pedágio” de 17% sobre o tempo que restaria a trabalhar antes da reforma, como na regra prevista para os integrantes das Forças Armadas, mas a proposta seguiria com 100% de acréscimo.

Um acordo chegou a ser quase fechado nessa semana, com a previsão de aposentadoria aos 52 anos para mulheres e 53 anos para homens, mas caiu porque os policiais não aceitaram os termos, já que o pedágio continuaria valendo.

O chefe da Casa Civil da Presidência da República, Onyx Lorenzoni, e a líder do governo no Congresso Nacional, deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), afirmaram que as demandas da categoria devem ser discutidas nesta segunda-feira (08/07/2019) em sessão extraordinária da Câmara.

Confirma a nota da UPB na íntegra:

“A União dos Policiais do Brasil (UPB), que reúne as entidades representativas das carreiras policiais e de segurança pública, esclarece que a atual redação da reforma da Previdência resultará em grave prejuízo para as atividades do setor, sobretudo o combate à criminalidade.

Estamos cientes da necessidade de ajustes no sistema previdenciário. mas discordamos da atual proposta, que não condiz com as particularidades de nossa atividade de risco. Se aprovada como está, a reforma provocará o envelhecimento dos efetivos e a fragmentação das instituições, com impacto negativo no serviço prestado à população. Os profissionais da segurança pública concordam com a implementação de uma idade mínima. Isso nunca foi pauta de qualquer tentativa de acordo entre UPB e governo federal. Insistimos, no entanto, para isso ser feito com uma regra de transição adequada, como a das Forças Armadas.

Precisamos de segurança jurídica e emocional para trabalhar, não de privilégios. Necessitamos de higidez física e mental para combater o crime, inclusive sacrificando a própria vida. Não é inovação brasileira aplicar regras diferenciadas à segurança pública. Elas já existem em vários países, como Chile (cuja idade máxima de aposentadoria policial é de 55 anos), e EUA (onde a aposentaria pode se dar sem limite de idade e a partir dos 20 anos de serviços prestados na instituição). Nosso trabalho é essencial à sociedade e precisa ser feito com qualidade, efetividade e eficiência. Por isso, a UPB continuará lutando por ajustes no texto da reforma da Previdência”.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?