Previdência: Joice anuncia mudanças no texto para policiais e BPC
A parlamentar não explicou detalhadamente quais os itens pedidos pela categoria serão acatados, mas disse que houve avanços
atualizado
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A líder do governo no Congresso Nacional, Joice Hasselmann (PSL-SP), adiantou nesta segunda-feira (24/06/2019) que haverá alterações na reforma da Previdência. De acordo com a parlamentar, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e a equipe econômica aceitaram alguns pedidos feitos pelos policiais, mas não detalhou quais são eles. Também haverá mudanças no trecho referente ao BPC rural.
“Houve avanços em relação aos policiais, conseguimos atender alguns pleitos, e ao BPC para pessoas com doenças raras, mas isso tem um impacto muito pequeno. O estica e puxa do Rogério Marinho vai conseguir ampliar a nossa economia”, afirmou. Além desses, a deputada informou que a proposta de pensão integral para a categoria em caso de morte também será acatada.
“Estamos trabalhando nelas [mudanças], mas houve um acréscimo de alguns bilhões do relatório original para o texto modificado, que será apresentado. Temos uma expectativa boa porque estamos muito perto de R$ 1 trilhão. Tem várias pequenas mexidas que nós estamos fazendo junto da equipe econômica, no momento certo vão saber”, adiantou.
A respeito da participação dos estados e municípios no texto, Joice disse que os governadores precisam contribuir com a aprovação e a formulação da proposta para que as demandas sejam acrescentadas. “Como não houve um acordo com todos os líderes, o que ficou definido é que se os partidos e os governadores que lá atrás estavam contra a reforma, mas que agora estão a favor, conseguirem entregar os votos, estados e municípios entram em um aglutinativo”, apontou.
A líder informou também que os governadores querem participar da reforma, mas não pretendem se desgastar com isso. “Eles querem que a gente resolva um problema, inclusive alguns até politicamente. A gente quer que todo mundo coloque sua digital”, completou. Aos jornalistas, Joice informou que fará a votação poderá acontecer uma semana antes do recesso parlamentar para dar tempo de ser debatida e aprovada.
Articulação política
Segundo a líder, o governo tem articulado com parlamentares e a contagem de votos é programada em uma margem maior do que a necessária para a aprovação. “A gente está em busca de votos, mas pode ter certeza que vai ser um número 10% a 15% maior do que gente precisa”, explicou.
Questionada sobre um possível cenário de veto e atraso no texto no Congresso, a deputada descartou a possibilidade. “Não tem essa possibilidade, tudo está correndo muito bem com os líderes partidários. Claro que um ou outro parlamentar pode não entregar, mas a maioria está de acordo com o texto”, garantiu.