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“Preta nojenta”: paciente é preso por xingar médica do Samu em Goiás

Homem ainda disse que estava com “vontade de dar um tiro na cara” da profissional, segundo testemunha. Ele foi solto no dia seguinte

atualizado

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Arquivo pessoal
kassia barcelos medica racismo ipora (3)
1 de 1 kassia barcelos medica racismo ipora (3) - Foto: Arquivo pessoal

Goiânia – Um homem de 43 anos foi preso em flagrante após ameaçar e xingar de forma racista uma médica do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em Iporá, cidade na região oeste de Goiás, no começo da manhã de segunda-feira (19/9).

Segundo depoimentos na polícia, a médica socorrista Kássia Karoline Barcelos, de 27 anos, foi chamada de “preta nojenta” e ainda ameaçada por Jean Cleber Fernandes da Costa, de 43, na rodoviária do município.

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Médica Kássia Barcelos denunciou racismo em atendimento médico
Médica procurou a delegacia após ser xingada de forma racista por paciente
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Equipe do Samu foi hostilizada por homem em Iporá (GO)

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Médica Kássia Barcelos denunciou racismo em atendimento médico

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Médica procurou a delegacia após ser xingada de forma racista por paciente

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Ela foi até o local, após receber um chamado de que havia um homem desmaiado. Esse homem era Jean, que já havia recuperado a consciência quando a equipe do Samu chegou.

A médica contou em depoimento que quando perguntou o que o paciente estava sentindo, ele respondeu: “Vontade de dar um tiro na sua cara”. Em seguida, ele teria falado:

“Sua preta nojenta e feia”.

Violência

Mesmo com a agressão racista, a médica continuou o atendimento de forma profissional, mas a violência não acabou.

De acordo com uma enfermeira do Samu, que estava no momento, Jean Cleber teria puxado o equipamento de medir pressão e chamado a médica socorrista de “preta do cabelo ruim”, enquanto ela falava com a central do serviço de saúde por telefone.

O paciente ainda teria xingado a enfermeira e o condutor do Samu de puta e desgraçados, entre outros xingamentos.

Prisão

Após ver que os sinais vitais do paciente estavam bem, Kássia Karoline foi até a delegacia e denunciou a agressão racista. Uma equipe da Polícia Civil prendeu Jean Cleber em flagrante.

O homem deve responder por injúria racial e ameaça ao servidor público no exercício de sua função. Ele foi liberado nesta terça-feira (20/9) para responder ao caso em liberdade.

A reportagem tenta localizar o advogado que vai representar Jean Cleber. Para a polícia, ele negou as ofensas contra a médica, apesar de testemunhas dizerem o contrário.

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