Na Bahia, presos por matar e enterrar casal são obrigados a fazer sexo
O ato seria uma retaliação ao crime cometido pelos dois presidiários, acusados de estuprar e matar uma mulher na cidade de Camaçari
atualizado
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A Polícia Civil da Bahia está apurando um vídeo em que dois presos, acusados de estuprar e matar um casal na cidade de Camaçari-BA, são obrigados por outros detentos a fazer sexo oral um no outro, dentro do presídio onde estavam em custódia.
A cena foi gravada pelos outros presos e divulgada nas redes sociais. A ação teria sido uma retaliação aos dois pelo crime que cometeram. No vídeo, é possível notar que alguns homens também obrigam os dois detentos a baterem um no rosto do outro.
De acordo com as autoridades locais, um inquérito foi aberto para investigar o caso e também a presença de celular dentro da cela.
Os quatro detentos que participaram do ato já foram identificados e autuados. Os presos que sofreram o abuso sexual foram encaminhados para outra penitenciária, onde, de acordo com as autoridades, terão maior proteção.A OAB da Bahia divulgou nota repudiando o caso e criticando as autoridades locais, que “deveriam estar fiscalizando e zelando pela ordem e disciplina no ambiente e pela integridade dos custodiados”. O órgão também classificou como inadmissível o fato de os detentos terem acesso a aparelhos celulares e internet dentro do presídio.
O Crime
Daniel Neves Santos Filho e Carlos Alberto Neres Júnior foram presos acusados de assassinar Juvenal Amaral Neto, de 57 anos, e Cristina Amaral, 43. O casal foi dado como desaparecido em 7 de janeiro. Os corpos foram encontrados dois dias depois, no quintal da casa onde moravam.
Os dois homens estariam em busca de uma quantia no valor de R$ 70 mil que o casal teria recebido, proveniente de uma indenização. Além dos presos, também foram apreendidos três menores, que acabaram confessando participação no crime. A avó de um deles era caseira das vítimas.
Os dois maiores foram acusados por latrocínio, estupro, ocultação de cadáver, porte ilegal de arma e corrupção de menores.