Presos por integrar milícia no Rio são transferidos
Ao todo, 142 pessoas foram levadas. Entre elas dois soldados do Exército, um da Aeronáutica, um bombeiro militar e sete menores
atualizado
Compartilhar notícia
Os 142 presos na operação da Polícia Civil que desarticulou uma milícia que atuava em Santa Cruz, zona oeste do Rio, no sábado (7/4), foram transferidos para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte do Rio.
O local, onde também estão os presos da versão carioca da Lava Jato, tem uma ala que funciona como “porta de entrada” do sistema penitenciário fluminense e onde é feita a triagem dos detentos. De lá, de acordo com a Polícia Civil, os milicianos serão levados para prisões que integram o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio.
Entre os presos estão dois soldados do Exército, um da Aeronáutica, um bombeiro militar e sete menores. Também foram apreendidos 13 fuzis, 15 pistolas, quatro revólveres, uma réplica de fuzil, algemas, simulacros de fardas, carregadores, uma granada e dez carros roubados. Inicialmente, a Polícia Civil divulgara ter apreendido 25 fuzis, mas o número depois foi corrigido pela corporação.
A operação foi realizada por agentes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) e da 27ª (Vicente de Carvalho) e 35ª (Campo Grande) Delegacias de Polícia. Segundo informações da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança, entre 2006 e o primeiro trimestre de 2018, 1.387 pessoas supostamente ligadas a milícias foram presas no Estado do Rio.
Em entrevista na Cidade da Polícia, no bairro do Jacaré, na zona norte, o secretário de Segurança, general Richard Nunes, deu parabéns aos policiais que participaram da operação. Ele afirmou que operações semelhantes estão sendo planejadas e serão executadas em curto prazo.