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Presos fazem 3ª rebelião em presídio de Aparecida de Goiânia (GO)

Desta vez, o motim ocorre na Penitenciária Odenir Guimarães (POG), unidade de regime fechado

atualizado

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1 de 1 materia 2 galeria ok - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Presos fizeram nesta sexta-feira (5/1) a terceira rebelião seguida no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Desta vez, o motim ocorreu na Penitenciária Odenir Guimarães (POG), unidade de regime fechado. Não há feridos.

Segundo informações preliminares, o conflito começou por volta das 4h30 e tiros foram ouvidos. A Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informou que o Grupo de Operações Penitenciárias Especiais (Gope), com apoio da Polícia Militar, invadiu o presídio e retomou o controle do local. Por volta das 7h, foi iniciado procedimento de revista no local.

Na quinta (4), o segundo motim foi registrado na Colônia Agroindustrial do Regime Semiaberto. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária de Goiás (SSPAP-GO), presos da ala C tentaram invadir as alas A, B e D. Houve ainda a tentativa de explosão de uma granada e troca de tiros, no entanto a situação foi contida pelas forças de segurança por volta das 21h.

Conforme a assessoria de imprensa da Polícia Militar, equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais, do Choque e do Grupo de Radiopatrulha Aérea agiram no local para controlar a segunda revolta. Não houve reféns, feridos ou mortos durante o motim.

A SSPAP-GO afirma que um detento fugiu. De acordo com a Pasta, o serviço de inteligência policial já monitorava a ação dos presos. Por fim, a secretaria afirma que a “Polícia Civil está com as investigações em estágio avançado na apuração dos fatos que ocasionam tumultos no presídio nos últimos dias”.

Primeira rebelião
O primeiro motim em Aparecida de Goiânia ocorreu na tarde de 1º de janeiro deste ano. Conforme a Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária de Goiás (SSPAP-GO), presos da ala C invadiram as alas A, B e D. A motivação dos ataques seria uma rixa entre grupos criminosos. Nove detentos morreram carbonizados – deles, dois foram decapitados –, 14 ficaram feridos e mais de 80 continuam foragidos.

A insurreição ocorreu exatamente um ano após a rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus. Na ocasião, mais de 60 detentos foram executados em um confronto entre as facções PCC e Família do Norte. O episódio deu início a uma crise penitenciária nacional, que culminou em rebeliões em Roraima e no Rio Grande do Norte, conforme o Metrópoles mostrou na reportagem especial “As faces das chacinas no cárcere”.

Também no primeiro dia de 2018, as autoridades de Goiás registraram início de revoltas em outras duas cidades do estado: Santa Helena e Rio Verde. Na terça-feira (2/1), dois servidores do sistema penitenciário foram assassinados a tiros em Anápolis (GO).

O Sindicato dos Servidores do Sistema de Execução Penal de Goiás (Sinsep-GO) chegou a alertar sobre a possibilidade de novos motins em outras unidades prisionais da região. Entre os presídios em risco, segundo a entidade, dois estão no Entorno do DF: o de Luziânia (GO) e o do Novo Gama (GO).

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