Presos da Lava Jato são transferidos para o presídio de Bangu
Entre os detidos estão os ex-presidentes da Assembleia Legislativa do Rio, Paulo Melo e Edson Albertassi, que se juntarão a Sérgio Cabral
atualizado
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Um decreto assinado pelo interventor da segurança pública do Rio de Janeiro, general Walter Souza Braga Netto, determinou a transferência de 98 presos para o Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8. Entre eles há empresários e políticos detidos no âmbito da Operação da Laja Jato, como os ex-presidentes da Assembleia Legislativa do Rio, Paulo Melo e Edson Albertassi. Eles se juntarão ao ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, que já cumpre pena na unidade.
O decreto do oficial do Exército foi publicado nesta segunda-feira (7/5), no Diário Oficial da União (DOU). A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que as transferências dos detentos com curso superior que atualmente cumprem pena na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, zona norte do Rio de Janeiro, estão sendo feitas desde a semana passada e continuarão até o final desta semana.
O local foi reformado pelo governo de Luiz Fernando Pezão e passou a receber réus e condenados da Lava Jato, incluindo o ex-governadores Cabral e Anthony Garotinho, além de diversos ex-secretários e funcionários de Cabral presos da Operação Cadeia Velha.
A Seap, no entanto, destacou, em nota, “que não pode divulgar nomes para a segurança dos presos e dos inspetores de segurança e administração penitenciária”.A Secretaria ainda alegou que as transferências estão sendo realizadas de acordo com as prioridades, desde sexta-feira (4/5), entre as unidades prisionais, por causa das adequações previstas no decreto de 27 de abril de 2018, publicado no Diário Oficial do estado de 3 de maio, assinado pelo interventor federal na segurança pública do Rio.
O decreto trata da reestruturação organizacional da Secretaria de Administração Penitenciária e tem por objetivo flexibilizar o fluxo de presos entre 12 unidades prisionais do Estado. O documento privilegia os critérios de segurança e redução de superlotação nas unidades prisionais.