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Preso por engano, cientista da IBM se diz aliviado com volta para casa

Raoni Barbosa, junto com a mulher, vai continuar engajado na luta para que casos de reconhecimento fotográfico incorretos não se repitam

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Raoni Lázaro Barbosa
1 de 1 Raoni Lázaro Barbosa - Foto: Bruno Menezes/Metrópoles

Rio de Janeiro – Depois de 23 dias preso por engano, o cientista da IBM, Raoni Lázaro Rocha Barbosa, de 34 anos, dormiu de novo na casa onde mora com a esposa, em Campo Grande, na zona oeste do Rio. Acusado erroneamente de integrar um grupo de milicianos em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, ele se diz aliviado por ter conseguido provar sua inocência.

“É um alívio poder estar de volta”, diz. “A palavra que define a situação atual é de alívio. Depois de passar esse momento, que para nós foi o pior momento da nossa vida. (Ontem) foi um dia muito cansativo. Um dia em que a gente teve muitas emoções. A gente tentou descansar durante a noite. Mas acho que a palavra que define agora é alívio e felicidade de poder estar de volta”, avalia Raoni.

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Raoni Lázaro Barbosa: preso por erro em investigação da Polícia do Rio
Erica Armond e Raoni Lázaro: pesadelo com prisão por engano
Raoni Lázaro Barbosa: após erro, Justiça determinou soltura
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Raoni Lázaro Barbosa ficou 23 dias preso após ser confundido com miliciano de Duque de Caxias (RJ)

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Raoni Lázaro Barbosa: preso por erro em investigação da Polícia do Rio

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Erica Armond e Raoni Lázaro: pesadelo com prisão por engano

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Raoni Lázaro Barbosa: após erro, Justiça determinou soltura

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Raoni foi preso por engano no dia 17 de agosto, após ser reconhecido por foto e confundido com o verdadeiro criminoso, miliciano Raony Ferreira dos Santos, o Gago, que segue foragido. Após confirmar o erro, a Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) solicitou à Justiça a revogação da prisão.

De volta ao lar, Raoni teve uma noite muito agitada. Segundo a mulher, Érica Armond, o casal ainda não conseguiu relaxar, mesmo após o cientista ter deixado a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte.

“Para nós ainda é muito complicado, muito agitado. Eu não dormi a noite toda. Eu acordava e pensava: ai, será que ele está aqui, será que não é tipo um sonho que ele tenha voltado. Foi um momento difícil que a gente passou”, disse Érica, ao G1, muito emocionada.

Sem respostas

Na saída da prisão, na tarde desta quinta-feira (9/9), Raoni disse que ainda não conseguiu entender o que houve. O mesmo sentimento persiste neste primeiro dia de liberdade.

“Ainda não consegui processar tudo. Ainda estou tentando entender porque que fui eu. Por que chegaram até mim? Graças a Deus tenho uma vida bem estruturada, tanto familiar quanto profissionalmente, meus amigos, enfim. Tenho que ver como vai ser minha vida daqui para a frente, mas acredito que vai dar tudo certo, que Deus está aí no caminho”, disse Raoni.

Uma das principais preocupações, o emprego está preservado. O cientista de dados disse que continua como funcionário na IBM. Agora, junto com a mulher, vai continuar engajado na luta para que casos como o seu não se repitam.

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