Preso por atos golpistas, ex-comandante da Rotam é solto após 2 meses
Coronel Benito Franco foi preso pela Polícia Federal na Operação Lesa Pátria, que investiga os atos golpistas do dia 8 de janeiro
atualizado
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Goiânia – O coronel da Polícia Militar de Goiás (PMGO) e ex-comandante das Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam), Benito Franco, foi solto na última quarta-feira (7), após dois meses preso. O militar foi detido em abril pela Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal (PF), que apura os responsáveis pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.
A operação investiga suspeitos de participar, incentivar e financiar os atos golpitas, em Brasília. Benito é acusado de ter participado do atentado às sedes dos Três Poderes no dia dos atos de vandalismo.
A soltura do coronel foi confirmada pela defesa dele. Ao portal G1 um dos advogados de Benito Franco, Leonardo Batista, afirmou que o coronel foi liberado sob medidas restritivas: deverá se apresentar a um juiz regularmente e não pode deixar o país.
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“Não sobe a rampa”
Benito Franco tem 43 anos, é coronel da PMGO e comandante de aeronaves. Ele esteve à frente da Rotam entre 2019 e 2021. Nas redes sociais, ele informa que também é instrutor de vários cursos, como tiro defensivo, abordagens e doutrina da corporação.
Ele costuma se posicionar politicamente nas plataformas digitais. Em uma de suas publicações, o militar compara uma fala do ministro da Justiça, Flávio Dino, a um discurso de Adolf Hitler. No fim do ano passado, ele chegou a ser denunciado após gravar vídeos dizendo que “o ladrão [referindo-se a Lula] não sobe a rampa”.
Nas eleições de 2022, foi candidato a deputado federal pelo Partido Liberal (PL), mas não conseguiu ser eleito. Obteve 10.343 votos.