Preso pela PF, Filipe Martins teria levado minuta do golpe a Bolsonaro
Ex-assessor do governo Bolsonaro, Filipe Martins foi preso na manhã desta quinta-feira na operação Tempus Veritatis da Polícia Federal
atualizado
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Assessor para Assuntos Internacionais da Presidência durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Filipe Martins foi preso na manhã desta quinta-feira (7/2) na Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela Polícia Federal. A ação apura organização criminosa que atuou na suposta tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito.
De acordo com o ex-ajudante de ordens do Governo Bolsonaro, tenente-corornal Mauro César Cid, Filipe Martins teria sido o responsável por entregar a minuta do golpe ao ex-presidente.
Além de Martins, segundo a coluna de Igor Gadelha, foi preso na operação desta quinta, o coronel Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro na Presidência e atual segurança do ex-presidente contratado pelo PL. Segundo fontes da PF, Martins foi preso em Ponta Grossa (PR).
Filipe Martins foi delatado, em setembro de 2023, pelo tenente-coronel Mauro César Cid. Segundo ele, foi o então assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, que mostrou uma minuta de decreto golpista ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) no fim de 2022, após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Martins era um assessor especial do governo Bolsonaro, muito atrelado a figura do “guru” Olavo de Carvalho.
Filipe Martins teria feito símbolos supremacistas
Martins também foi acusado de fazer símbolos supremacistas, tendo repetido o sinal de supremacia branca (“white power”) em 2021, durante uma sessão do Senado Federal. Na ocasião, Martins foi denunciado ao Ministério Público Federal (MPF), mas acabou absolvido pelo juiz da 12ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal, Marcus Vinicius Reis Bastos.
Supramacia branca é um termo comumente utilizado para explicar a forma de racismo que foca na crença de que pessoas brancas (brancos latinos não estão inclusos) são superiores as demais origens espalhadas em todo o mundo e que, “por serem superiores”, seriam mais aptos a governar os demais povos. São exemplos de supremacia branca o nazismo, na Alemanha, e a Ku Klux Klan (KKK), nos Estados Unidos.