Preso, ex-comandante da PMDF fala à Justiça: “Tudo apontava para um ato pacífico”
O coronel Fábio Vieira ainda afirmou em audiência de custódia que “não houve facilitação da PM” para entrada de extremistas na Esplanada
atualizado
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Preso em 10 de janeiro após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o coronel Fábio Augusto Vieira, ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), afirmou em audiência de custódia que recebeu informações da área de inteligência de que as manifestações do dia 8 de janeiro “apontavam para um ato pacífico”.
O coronel era o responsável pela operação da PM durante atuação nos atos bolsonaristas na Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro e foi preso por suspeita de omissão para conter os extremistas.
O mandado de prisão foi cumprido pela Polícia Federal (PF) no último dia 10. No dia seguinte, ele foi ouvido em audiência de custódia pelo magistrado instrutor do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, desembargador Airton Vieira
Questionado se passou por alguma situação irregular em sua prisão, o coronel ressaltou que não. Ele relatou ainda ter feito exame de corpo de delito do Instituto Médico Legal (IML) sem nenhuma lesão encontrada.
Quando foi liberado pelo magistrado instrutor para falar o que quisesse, o ex-comandante da PMDF ressaltou:
“No dia dos fatos, estive presente no local e nós fizemos a operação de acordo com as informações que tínhamos recebido. Eu era o comandante-geral da Polícia Militar e havíamos recebido a informações da área de inteligência , inclusive de outros órgãos, e tudo apontava para um ato pacífico”, disse na audiência.
Ainda durante a audiência de custódia, o ex-comandante da Polícia Militar do DF negou que a PMDF tenha negligenciado o movimento. “Não houve da nossa parte facilitação para que os atos ocorressem”, disse.
Fábio Vieira foi preso em sua casa, no Park Way, em Brasília. O delegado da PF Camões Bessa foi quem realizou a prisão. O coronel da PM não resistiu.