Presídio não autoriza mãe de Henry Borel a ir ao enterro do pai
Direção levou em consideração o fato de o pai de Monique Medeiros ter sido vítima de Covid-19, cujo protocolo é de não haver velório
atualizado
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Rio de Janeiro – A direção do Instituto Penal Ismael Sirieiro, em Niterói, Região Metropolitana do Rio, negou o pedido dos advogados da professora Monique Medeiros para ir ao sepultamento do pai Fernando José Fernandes da Costa e Silva, vítima de Covid-19. Monique está presa desde maio pela morte do filho, Henry Borel, 4 anos.
O pai de Monique faleceu em um hospital particular no domingo (11/7) devido a complicações da doença. O sepultamento está previsto para às 14h, no cemitério do Murundu, em Padre Miguel, na zona norte do Rio.
O Metrópoles apurou que para a direção da unidade negar o pedido foi levado em consideração o fato de se tratar de morte por Covid, cujo protocolo é de não haver velório, além de a própria Monique já ter manifestado por escrito receio quanto à sua integridade física em ambiente coletivo.
A defesa alegou o direito de ir ao enterro com base no artigo 120 da Lei de Execuções Penais, que assegura que os condenados que cumprem pena em regime fechado ou semiaberto e os presos provisórios poderão obter permissão para sair do estabelecimento, mediante escolta, quando ocorrer a morte ou doença grave de cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão.
Monique e o vereador cassado e médico Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, foram presos em maio acusados da morte de Henry em 8 de março. O então casal alegou acidente doméstico, mas investigação da Polícia Civil revelou que a morte do garoto foi por agressões. O ex-casal responde tortura e homicídio triplamente qualificado.