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Presidente do TCU sobre Dallagnol: “Trágico fim, esperado por todos”

Bruno Dantas, presidente do TCU, fez duras críticas à Operação Lava Jato, que foi coordenada por Deltan Dallagnolm deputado federal cassado

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Lula ministro do TCU, Bruno Dantas
1 de 1 Lula ministro do TCU, Bruno Dantas - Foto: Reprodução/Twitter

O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, comentou a cassação do mandato do deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) durante um evento nesta quarta-feira (17/5), em Brasília. Para Dantas, a queda do ex-procurador da Operação Lava Jato é um “trágico fim, esperado por todos”.

“Ontem foi cassado o mandato do deputado que foi o principal personagem dessa novela brasileira. E a grande verdade é que esse é o trágico fim, esperado por todos. Não costuma acabar bem esse tipo de história”, ressaltou o presidente do TCU.

Durante o evento, Bruno Dantas fez duras críticas aos procedimentos adotados pela força-tarefa da Lava Jato, comandada por Dallagnol em Curitiba, no Paraná, que terminou com a prisão de vários políticos e empresários, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Começa como uma operação séria, mas os seus protagonistas se embriagam com a súbita notoriedade que adquiriram e descobrem duas coisas: podem virar popstars e políticos, e segundo, que podem ganhar muito dinheiro com isso. E as duas coisas foram muito negativas para o Brasil”, observou Dantas.

Cassado, Dallagnol ataca Lula, TSE e STF: “Dia de festa para corruptos”

O presidente do TCU destacou também que as investigações da força-tarefa “deixaram de ser guiadas” pelos padrões da Constituição após ganharem os holofotes. Além disso, Dantas declarou que a Lava Jato “ampliou exageradamente” as etapas da operação e começou a acusar o sistema político, produzindo uma “criminalização generalizada”.

Para Dantas, a Operação Lava Jato tentou retirar poderes atribuídos às outras Cortes, uma vez que o Ministério Público Federal (MPF) compactuou com as empreiteiras, na esfera criminal, mas não eliminou a competência dos demais órgãos.

“Quem dá a última palavra sobre o dano ao Erário é o TCU. E eu disse a ele [Dallagnol]: ‘A minha competência eu nunca te deleguei. Ninguém poderia delegar a nossa competência ao senhor. Aqui no tribunal vamos prosseguir as apurações e se encontrarmos superfaturamentos maiores que os acordos que vocês assinaram, nós vamos imputar às empresas'”, salientou o presidente do TCU.

Cassação de Dallagnol

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por unanimidade, cassou a validade do registro de candidatura de Deltan Dallagnol nessa terça-feira (16/5). Para os magistrados, o deputado pediu exoneração do MPF para fugir de julgamento no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que poderia impedi-lo de concorrer às eleições de 2022.

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Dallagnol também foi responsável pela elaboração de um PowerPoint na qual Lula foi apontado como figura central em um esquema de corrupção
O ex-procurador da Lava Jato deixou o Ministério Público Federal (MPF) e se filiou ao Podemos em 2021
Dallagnol concorreu a uma vaga na Câmara dos Deputados pelo Paraná nas eleições de 2022
Novato na política, Deltan Dallagnol conquistou 344.917 nas urnas eletrônicas em 2022
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Deltan Dallagnol coordenou a força-tarefa da Operação Lava Jato e foi um dos responsáveis pela condenação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2018

Fábio Vieira/Metrópoles
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Dallagnol também foi responsável pela elaboração de um PowerPoint na qual Lula foi apontado como figura central em um esquema de corrupção

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O ex-procurador da Lava Jato deixou o Ministério Público Federal (MPF) e se filiou ao Podemos em 2021

Daniel Ferreira/Metrópoles
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Dallagnol concorreu a uma vaga na Câmara dos Deputados pelo Paraná nas eleições de 2022

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Novato na política, Deltan Dallagnol conquistou 344.917 nas urnas eletrônicas em 2022

Andre Borges/Esp. Metrópoles

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