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Presidente do STJ condena ataques a Cármen Lúcia: “Vulgar e misógino”

Maria Thereza de Assis Moura se manifestou sobre as ofensas de Roberto Jefferson à ministra depois de voto favorável à punição da Jovem Pan

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A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Maria Thereza de Assis Moura, condenou os ataques feitos por Roberto Jefferson à ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na última sexta-feira (21/10), ex-deputado federal em prisão domiciliar deferiu uma série de ofensas a Cármen Lúcia por meio das redes sociais da filha, a também ex-deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ), após ela ser favorável à punição da Jovem Pan.

No texto, Thereza manifesta solidariedade e ressalta que a ministra “sofreu ataque infundado, vulgar e misógeno”. Ela disse ainda que “a inaceitável declaração — longe de ser protegida pelo manto da liberdade de expressão — atinge não somente a magistratura, assim como todas as mulheres brasileiras”. 

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Cármen Lúcia decidiu pela rejeição do recurso apresentado por Janones
Ministra Maria Thereza de Assis Moura
Ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia durante sessão na Suprema Corte, em Brasília
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Cármen Lúcia, ministra do Supremo
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Ministra Maria Thereza de Assis Moura é a segunda mulher a assumir a presidência do STJ

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Cármen Lúcia decidiu pela rejeição do recurso apresentado por Janones

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Ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia durante sessão na Suprema Corte, em Brasília

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Cármen Lúcia, ministra do Supremo

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Cármen Lúcia foi atacada por Jefferson depois que uma decisão do TSE impôs que a rádio Jovem Pan de direito de resposta ao candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e se abstenha de falar sobre temas classificados como ofensivos. Na votação, ela foi responsável pelo voto decisivo. Também votaram a favor o presidente do Tribunal, Alexandre de Moraes, e os ministros Ricardo Lewandowski e Benedito Gonçalves.

“Eu estou indignado. Não consigo. Fui rever o voto da Bruxa de Blair, da Carmem Lúcifer, na censura prévia à Jovem Pan, olhei de novo, não dá para acreditar”, comentou no vídeo. Na sequência, ele compara a ministra a “prostitutas vagabundas” e fala da escolha dela como se fosse um sexo anal feito pela primeira vez por alguém que considera a prática errada.

Após as falas do ex-deputado, a Associação Brasileira de Juristas Pela Democracia (ABJD) entrou com um pedido para que o ex-deputado volte a ser preso em regime fechado. “O descumprimento de ordem judicial é motivo de revogação de medidas cautelares e retorno a um regime de cumprimento de pena mais gravoso”, diz o documento. A ABJD defende que ele  cometeu os crimes de injúria, calúnia e difamação.

Leia a nota na íntegra: 

“A Presidência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manifesta solidariedade à ministra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia, que, no exercício de seu cargo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sofreu ataque infundado, vulgar e misógino.

O STJ repudia o tratamento desrespeitoso e ofensivo direcionado a uma das mais brilhantes juristas brasileiras. A inaceitável declaração – longe de ser protegida pelo manto da liberdade de expressão – atinge não somente a magistratura, assim como todas as mulheres brasileiras. Fatos como o ocorrido são inconcebíveis em uma sociedade democrática de direito.”

Maria Thereza de Assis Moura
Presidente do Superior Tribunal de Justiça

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