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Presidente do PSD no PR faz contabilidade de empresas de milícia no RJ

Pré-candidato a prefeito de Paranavaí faz contabilidade de empresas de internet investigadas por lavagem de dinheiro de milícia do Zinho

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Fachada de empresa de internet no bairro Santa Cruz Rio de Janeiro - Metrópoles
1 de 1 Fachada de empresa de internet no bairro Santa Cruz Rio de Janeiro - Metrópoles - Foto: Reprodução/ Google

O presidente do PSD de Paranavaí, no interior do Paraná, é contador de três empresas de internet investigadas por lavagem de dinheiro da milícia do Bonde do Zinho, na zona oeste do Rio de Janeiro. Ele não é investigado pela polícia e nega que soubesse de qualquer irregularidade.

No dia 28 de fevereiro foi deflagrada uma operação do Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos (Cifra) que cumpriu 21 mandados de busca e apreensão no âmbito de uma investigação sobre lavagem de dinheiro da milícia.

O Cifra é uma cooperação do governo federal, das forças de Segurança do Rio de Janeiro, do Ministério Público Federal e fluminense e dos órgãos de fiscalização financeira, como a Receita Federal. Essa foi a primeira operação do tipo.

Três das empresas que foram alvos da operação compõem a provedora de internet Estrelar Web, que possui cerca de 33 mil clientes nas regiões de Santa Cruz, Sepetiba e Itaguaí. A Estrelar teve um faturamento, no ano passado, de mais de R$ 27 milhões.

A contabilidade de todas essas empresas é feita pela Lux Contabilidade e Auditoria, de propriedade do contador Aryldo Zoccante, presidente do PSD em Paranavaí (PR). Ele também é pré-candidato a prefeito da cidade.

Foto colorida de Aryldo Zoccante - Metrópoles
Contador e presidente do PSD em Paranavaí, Aryldo Zoccante

Essa empresa de contabilidade foi responsável inclusive pela criação das duas últimas empresas vinculadas à Estrelar. As documentações das empresas, como relatórios financeiros e mudanças societárias, são assinadas por Zoccante.

Especialistas em internet

Por telefone, Zoccante afirmou que não sabia da operação policial e de nenhuma irregularidade na parte financeira das empresas.

“Nós temos um grupo de especialistas em empresas de internet. Eu faço só a parte fiscal dela. Como a gente trabalha a distância, eu desconheço qualquer coisa”, afirmou o contador.

As outras duas empresas estão nos nomes de Giovana Rosa e Vanessa Franco, esposa de Cássio. Com exceção de Sebastião, todos foram alvos da operação policial.

A defesa de Cássio informou que o caso segue em sigilo e que está tentando medidas judiciais para permitir o funcionamento da empresa, já que o sinal de internet da Estrelar saiu do ar após a operação.

Bonde do Zinho

A investigação apura lavagem de dinheiro da milícia de Luis Antonio da Silva Braga, o Zinho. Segundo a apuração, ele usa empresas de internet, terraplanagem e até artigos infantis para lavar dinheiro do crime.

Zinho é irmão de Wellington da Silva Braga, o Ecko, morto pela polícia em junho de 2021. Zinho “herdou” a posição de Ecko.

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