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Presidente do INSS diz que reforma da Previdência de 2019 foi “engodo”

Alessandro Stefanutto, que preside o INSS, defendeu que a reforma da aposentadoria militar seja feita sem raiva ou “sentimento de vingança”

atualizado

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Alessandro Stefanutto, presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Brasília (DF), 17/12/2024. KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES
1 de 1 Alessandro Stefanutto, presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Brasília (DF), 17/12/2024. KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES - Foto: Kebec Nogueira/Metrópoles

Para o presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, a reforma da Previdência feita em 2019, no governo Jair Bolsonaro (PL), foi um “engodo”, ou seja, um engano ou armadilha. Ele defendeu que discussões sobre uma nova reforma não empurrem o problema para a frente.

“Não pode fazer essas coisas de forma como se quer hoje, açodada. A gente vai fazer de novo uma reforma como em 19, que durou cinco anos? Nem cinco, né?”, questionou Stefanutto em entrevista ao Metrópoles.

Segundo ele, desde que o atual governo Lula (PT) tomou posse, foi dada transparência aos dados e assegurado o direito a quem tem direito.

“Nada de segurar aposentado que só para aposentar, para pagar depois para economizar. Quando você faz isso, o quadro ficou claro e a reforma feita em 2019 você demonstrou absolutamente o quê? Um engodo. Foi um engodo, porque as pessoas perderam direitos e malemal durou cinco anos”, criticou.

Ele ainda defendeu que mexer nas fontes de financiamento do sistema “pode ser um caminho” e citou exemplos de países da Europa.

Assista:

Previdência militar

Sobre mudanças no Sistema de Proteção Social de Militares das Forças Armadas (SPSMFA), Stefanutto disse que o debate não pode ser raivoso e defendeu a ponderação de características próprias da profissão militar.

“Se há espaços, eu tenho convicção que os próprios militares, os comandantes da força, o ministro Múcio, estão debatendo no governo. Não é um debate com a gente. Eu acho que não cabe ao presidente do INSS criticar o modelo. Agora, se tem aperfeiçoamentos a fazer, eu tenho convicção, porque tenho boas relações com os militares, eles mesmo vou propor. Eles sabem o que pode aperfeiçoar ou não”, disse.

“Agora, fazer um debate raivoso, um debate, ‘Olha, nós temos que igualar por igualar’, tem que tomar cuidado”, argumentou.

“Eu tenho certeza que os militares darão a sua colaboração, como sempre deram à pátria, com tranquilidade. Mas não acho que deva ser feita alguma coisa com com raiva, com algum tipo de sentimento de vingança. E nem acho que isso esteja acontecendo. Eu acho que os militares foram conversar com o presidente, foram conversar junto com o ministro e lá certamente vão tomar a melhor decisão”, completou.

Assista:

Nesta semana, o governo enviou ao Congresso o projeto de lei (PL) que faz alterações na aposentadoria de militares e na pensão para as famílias. O PL dos Militares integra o conjunto de medidas para contenção de gastos públicos apresentada pelo governo. Antes de entrar no escopo do pacote, a proposta foi negociada com o Ministério da Defesa e com os comandantes das três Forças (Exército, Marinha e Aeronáutica).

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