Presidente do Cremerj é afastado após denúncia de assédio sexual
Cirurgião é suspeito de ter assediado uma técnica de enfermagem durante um procedimento realizado em 2021
atualizado
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O cirurgião Clovis Bersot Munhoz, presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj), anunciou no início da noite desta quinta-feira (21/7) que decidiu deixar o cargo. Mais cedo, uma técnica de enfermagem o acusou de assédio sexual durante um procedimento que realizaram juntos, em 6 de junho de 2021.
“Prezando pela lisura e pelo comprometimento com a transparência, o Cremerj informa que o conselheiro Clovis Bersot Munhoz, que atualmente ocupa o cargo de presidente do conselho, decidiu, junto à diretoria, se afastar. Isso porque será aberta uma sindicância em seu nome para apurar a denúncia sobre assédio sexual veiculada na imprensa”, diz o comunicado.
Segundo o conselho, o procedimento será encaminhado ao Conselho Federal de Medicina (CFM), que designará o caso para outra Regional, “com o objetivo de garantir total isenção e imparcialidade”.
“O conselho reafirma seu repúdio por qualquer tipo de assédio e trabalha junto das autoridades para coibir essa prática antiética e criminosa.”
Assédio
De acordo com o jornal O Globo, em depoimento, a mulher disse que o cirurgião ortopédico se dirigia a ela com frases como “você é muito quente” e “se eu beijar o seu pescoço, você vai gozar rápido”. O caso foi registrado na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e encaminhado para a 9ª DP (Catete).
Também foi aberto um processo trabalhista pela mulher, que cobra de Clovis uma indenização de R$ 45.972,94, por rescisão contratual e por danos morais.