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Presidente diz que “está apostando” em reforma da Previdência

Temer reiterou que se reforma não for aprovada, terá de cortar aposentadorias e pensões de servidores públicos

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1 de 1 Michel-Temer-3-840×560 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles
O presidente da República, Michel Temer, disse, em entrevista à Rádio Guaíba, que “está apostando” na reforma da Previdência e que a nota para a sua esperança em aprovar o texto, de zero a dez, “é sete, mas quero chegar a dez”. Temer apelou aos parlamentares gaúchos que ajudem a convencer a população da necessidade das mudanças nas regras de aposentadoria, insistindo que esta medida “é mais importante para o país do que para o seu governo”.

Ele reiterou, no entanto, que, se a reforma não for aprovada, daqui a pouco “vai ter de cortar até aposentadorias e pensões de servidores públicos”, como aconteceu em alguns estados e países.

De acordo com o presidente, “hoje o povo estando a favor, conseguiremos aprovar a reforma na Câmara e no Senado”. Ele reiterou que o “Legislativo é um parceiro do governo” e que, por isso, tem conseguido aprovar medidas importantes.

O presidente voltou a falar dos resultados positivos da economia “O Brasil está crescendo, a inflação, sob controle, e juros e desemprego, caindo”, disse ele, lembrando que tudo que está sendo aplicado em sua administração estava escrito no programa de governo do MDB, “Ponte para o Futuro”.

“Meu governo é de 1 ano e 8 meses e conseguimos fazer andar coisas que ninguém mexia”, insistiu Temer, que passou a lembrar dificuldades que os estados estão enfrentando, justamente por conta do déficit da Previdência. No âmbito federal, este ano, o déficit é de R$ 270 bilhões e ano que vem, de R$ 310 bilhões.

Temer aproveitou ainda para fazer comparação entre o servidor público e da iniciativa privada, para contestar a necessidade de os primeiros terem aposentadorias maiores do que os demais, que ganham até R$ 5,6 mil do INSS, dizendo que a Constituição fala em igualdade e questionando se “será que o trabalho do servidor público é mais pesado, oneroso, do que o do trabalhador privado?”. E concluiu: “Não é.”

O presidente citou ainda as dificuldades que vários Estados, inclusive Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro estão enfrentando, centrado na pressão das contas da Previdência. Em seguida, elogiou o fato de a Assembleia do Rio Grande do Sul ter dado apoio ao governo gaúcho, permitindo o avanço dos Estados, no fechamento da sua recuperação fiscal.

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