Presidente da nova Embratur: vamos à briga de “cachorro grande”

O presidente da Embratur, Gilson Machado, avaliou que a transformação da autarquia em Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo permitirá que o Brasil entre em uma “briga de cachorro grande” pela atração de turistas internacionais. A mudança foi instituída por uma medida provisória editada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nesta quarta-feira (27/11/2019).

“A gente vai, sim, ter o respaldo financeiro para entrar nessa briga de cachorro grande, que é a briga pelo turista internacional”, declarou, em entrevista coletiva realizada no Ministério do Turismo nesta tarde.

A agência será subordinada ao ministério, mas terá orçamento próprio e, segundo o governo, mais robusto. O aumento será possível com o repasse de 15,75% do adicional da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), atualmente destinado ao Sebrae.

Machado descarta que a insegurança no país seja um empecilho para a vinda de visitantes estrangeiros e atribui a estagnação desse fluxo a uma apresentação equivocada do Brasil no exterior.

“Dentro do nosso case turístico, a gente tem nível de segurança comparado a qualquer lugar do mundo. Agora, precisamos fazer um trabalho internacional do que nós somos porque por toda a vida, ao meu ver, o Brasil foi vendido erroneamente como país da caipirinha, da tanga e da experiência em favela”, afirmou.

O presidente da Embratur espera dobrar o número de turistas internacionais. O objetivo do governo é que 12 milhões de visitantes de fora venham ao Brasil em 2022, ante 6,5 milhões em 2018, com a receita por eles gerada passando de US$ 6,5 bilhões para US$ 19 bilhões de dólares no mesmo período.

“Se tivesse dado certo esse tipo de divulgação nós não estaríamos empacado em seis milhões de turistas como estamos empacados há 12 anos, apesar de termos tido uma Copa do Mundo, uma Olimpíada e um Pan Americano. O plano desse governo nosso é chegar para dobrar o número de turistas internacionais no Brasil”, complementou.